segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Liberdade Latente

Miro 22.10.2012

O ar rarefeito dos porões
onde gritos são abafados
por mordaças molhadas:

preparadas com sal grosso
criavam um falso silêncio
ante um poder absoluto...

Do lado de fora a ordem
garantia algum progresso
com maternidades em luto:

sem corpos para velar
clamam por explicação
querem saber qual delito?

Nos corações apertados
o jogo chato da omissão
feito um silêncio maldito:

um campo sem torcida
numa derrota por WO
ante fardas do invisível...

No labirinto da consciência
uma semente sem casca
germina do incompreensível:

alguma liberdade latente
convulsiona em resistência
mesmo por pás soterrada…



Por mordaças molhadas
ante um poder absoluto...
maternidades em luto:

querem saber qual delito...
feito um silêncio maldito
ante fardas do invisível...

alguma liberdade latente
germina do incompreensível
mesmo por Paz… soterrada!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bardo Avatar

Miro 15.10.2012

Tempo de desvestir palavras
e protagonizar nu a poesia,
sem qualquer maquiagem
minerar a toca da fantasia!

Hora de abrir novas lavras
e garimpar preciosas rimas,
mesmo em curta-metragem
nas dobras da auto-estima!

Com a intenção sem arames
quero fluir entre trovas veios
no vai-e-vém de meus anseios...

Até que o bardo avatar declame
algum novo verso audacioso:
o ouro raro... de poético gozo!