1409 lá se foi minha vontade de Você misturada com um monte de coisas usadas num caminhão de lixo que não é lixo sem destino como verso prolixo
1408 Fui posto num destes desfragmentador de vagabundos com toda minha poesia, saí de lá uma mistura muito mais vadia do que quando lá entrei.
1407 O Silvio, não o Santos, o do Milan, uma festa bunga bunga quiz aprender: Kadafi lhe mostrou que a melhor das bombas é misturar sexo e poder.
1406 Impossível Você ficar em silêncio no meu colo, tua presença faz meu coração bater alto em tuas orelhas... cantando um carinhoso solo...
1405 Minha filha já é mais que um quilo, tem um perfil delicado na ecografia escura, seu coração eu escuto: bate como o meu 173 vezes por minuto!
1404 Recebi uma intimação para abandonar um personagem querido, não sei como me desapegar da imaginação, das máscaras e disfarces construídos...
1403 Quando a filosofia chegou na minha vida, já não tinha tempo para ser amigo dos pensamentos, estava numa maçaroca de desejos e sentimentos.
1402 Seremos sempre o que quisermos ser: amor, guerra ou paz. O centro do teu universo é Você, pois a vida dos outros não lhe pertencerá jamais!
1401 Minha vida muda de pólos, trópicos, hemisférios, de Francisco até Antonia! Um salto quântico magnético integrando o Alaska com a Patagônia.
1400 teu olhar é uma reta infinita para meus olhos cansados de areias impossíveis de serem tiradas com teu matchbox enferrujado em tantas peleias
1399 Tua consideração é um barco furado no meio do mar, uma moto com os dois pneus furados na Patagônia, um carro fundindo entre Paris e Dakar...
1398 Divido Você com todos e tudo, teus amores, tristezas e cheiros, só não te divido dentro de mim, onde te coloco como meu único inteiro.
1397 Não perdi nada dentro de mim quando encontrei teus olhos ainda molhados, não tinham lágrimas em minha intenção só marcas para o meu coração.
1396 Como ser teu amor perfeito? Não tenho tempo, nem idade, muito menos jeito. Choro não poder estar contigo, nem mesmo num sempre teu... amigo.
1395 Fiquei feliz em te ler, saber que estás por aí atravessando mais uma ponte caída, que teu silêncio era de luta escondida em busca da vida.
1394 Quando eu choro por teu amor, minhas lágrimas transformam o amargo da garganta em um raro licor que me ajuda a digerir a falta do teu sabor.
1393 No meio do deserto sonho com Você de vestido branco, descuidada, pernas entre abertas sem pudor: acordo querendo um pouco mais do teu amor!
1392 Minha liberdade em teu corpo é escravidão, tuas algemas não são tão fáceis de serem abertas como tuas pernas, onde publico minha rendição.
1391 Tua boca em convite me faz bem, teus íntimos dotes em meu outdoor me deixa pensando muito além, teu olhar sedutor meus desejos contém.
1390 Estranho estrago que teus olhos estrábicos fazem nos meus, deixando-os tontos e sem estratégias para buscar qualquer outra direção...
1389 Não há gelo que queime como teu calor em tele, não há fogo que derreta o frio do teu gozo, que faz o normal do nada um todo em minha pele.
1388 Nascerá como fonte de riacho puro, água forte de transparência concreta que levará luzes ao escuro e amolecerá qualquer coração mais duro...
1387 A paixão queimava como nó de pinho em lareira nova, nada se ouvia além do ar a crepitar em trova, marcando em sinfonia meu coração em prova.
1386 Na cor de tua blusa no chão desenhei minha vergonha, agora ponha tua roupa antes que eu cheio de tesão em alguma incoviIência te exponha...
1385 Minhas Marias são tantas, são mais que minhas manias, são instransigentes e quentes como santas liberadas de qualquer falsa paixão...
1384 Em lenda urbana cultivei tua humana imagem em filme de duvidosa competência, gravei nossa cena de amor nos trapos e tapes da inconsciIência.
1383 Não há caminhos: só pedras! Nada além de portos sem cais! Nenhum portão nas cercas, nenhuma fronteira aberta aos nossos carinhos ilegais.
1382 Vai ser como a primeira vez, intenso e breve, livre como pena leve flutuando num vento que de tão forte nos deixará asfixiados... sem ar...
1381 A lava escorre quente como esperma entre pernas depois da paixão, deixando uma sensação do liso na lembrança do que aconteceu como erupção.
1380 O tino em crítica sagaz não entende o fato do meu espirito em arribação, crava os dentes da verdade em qualquer semente de inusitada emoção.
1379 Um laço de vontade acorda-me da armadilha dos icebergs, arrasta-me por areias quentes e ventos gelados, sem Norte ou qualquer falso cadeado.
1378 Monge de solitários gestos, um heremita em caverna sem desejos, fico inerte e sem sombra, quieto como pássaro que perdeu as asas e o ninho.
1377 Quando acordar em tua segunda-feira, ainda estarei curtindo domingos de distantes e infindos sonhos, revirando rezas em terços de amor.
1376 Sem porte de armas entrei em guerra contra tuas armadilhas, segui trilhas de desespero enquanto vivias teus sonhos em branco caminho de paz.
1375 Já não tinha mais habilidade de ler seu pensamento, seus sentimentos não eram fáceis e suas vontades indecifráveis viraram frágeis cristais!
1374 Não haverá mais que um momento, um breve só... leve tempo entre o ontem e o sempre, como relógio de ponteiros quebrados e amarrado em nós...
1373 E se a Lua resolver ficar em nosso céu como um sinal de saudade e se ela riscar a noite de tua cidade como luzes em resquício da vontade?
1372 Mostra-me teu caminho flor do deserto, arrimo de dor que desperto e em doce inconsciente sacia qualquer insustentável beija-flor...
1371 Por ser alegre e verdadeira fez um mundo de amigos, acolheu dores e flores em seu abrigo e enfrentava com um sorriso qualquer novo perigo...
1370 Meu deserto despeja o teu quente em vontades meias, suas luzes não iluminam os passos, que de tão grandes, estressam meus músculos e veias.
1369 Nosso amor não é tronco, nem tem raiz, é livre como as folhas! Muda com a estação: quente, frio, úmido, seco e renasce em cotidiana escolha!
1368 Na da como uma feijoada senzala com amigos no Valentina para matar toda e qualquer vontade de algum tipo de atividade vespertina...
1367 Quando qualquer picuinha se transformam em veneno para temperar a relação, a fome se acaba mesmo antes de ser servida a esperada refeição.
1366 Vou brigar com Você, com ou sem razão, vou até Você não mais me querer, vou te perder junto com minha razão, sem vontade de me arrepender...
1365 Estou com muita raiva, aquele tipo de ira que nem bebida destila, que transforma o dia em bílis, como animal preso em conhecida armadilha...
1364 Não há travesseiro que agüente quando tenho pesadelo contigo, é pena para todo lado, algumas reais outras oníricas, um soco acima do umbigo.
1363 Dormi encurralado nos braços de tua poltrona como um animal feroz sem saída, espumei de raiva ao me dar conta que Você se sente minha dona.
1362 Minha cabeça explode desde manhã, como se dentro dela amanhecesse um universo de heróis talibãs...
1361 guarde-me em tua caixa de amigos entre laços de fitas antigos muito bem escondido tire-me de lá só quando quiser o abrigo de um amor perdido
1360 Você me fez de tolo! Fugiu de mim como diabo da cruz, jogou água benta em meus pecados e na hora H vestiu-se de santa e acendeu a luz...
1359 Uma linha tênue separa minha consciente solidão de qualquer social pretensão: cada poesia publicada escancara minha privada depressão.
1358 Ontem ela não quis, teve medo do escuro, de pular para o outro lado do muro onde eu transgressor pichava versos com as tintas do meu amor.
1357 Quanta maldade há quando meu amor está cheio de verdades? Quanta fidelidade há em minhas mentiras por amor? Como conciliar amor e liberdade?
1356 Quero descer tuas costas com minha língua feito um carrinho de montanha russa, brincar em tuas rodas gigantes até que teu balanço me sacie.
1355 Estou apegado as minhas liberdades sem sal, elas me deixam os dias longos como domingos de chuva e as noites curtas como sábado de carnaval.
1354 Ela está leve e solta em uma bolha em levíssimo ninho, sente minha presença como um trovão ainda a distância e já sabe como é meu carinho...
1353 Com 85 mil réis gasto minha abalada vaidade num copo riscado de botequim, destilo-me gota à gota numa garrafa de vodka barata quase sem fim.
1352 Uma musa é sempre fonte de emoção, ora sutil, ora pura perversão, causa ciúmes em quem não é...e em quem também é...uma invejosa admiração!
1351 As vezes me calo quando falo, outras há calos no meu falo; se falo e encaro o que me é caro, claros halos giram ao meu redor com teus aros.
1350 Uma pequena tatuagem no meio da barriga da perna ia e vinha como uma onda da moda fixando meu pensamento como ferrugem em parafuso de roda.
1349 Há fome por debaixo de tuas unhas felinas curtas e roídas de tanto se conter e não se maltratar. Há nelas sinais de sexualidade reprimida.
1348 Quero te querer para sempre, um sempre dentro do possível que é o nosso agora, antes que nossa hora seja para sempre impossível...
1347 Quero liberdade para meus dedos em teu corpo nu em pinceladas de Van Gogh, pintando com minha loucura fantasias secretas que estão em nós...
1346 Angélico não que recebo de ti como uma semanal falta de comunhão, um pão adormecido que alimenta minha alma contínua e lascíva polução...
1345 Quero mais que o pedaço de nós em tua lembrança táctil, quero teu cérebro réptil em ato de procriação, agressivo gozo em sexual rebelião...
1344 A felicidade é só ser... sem questão ou mesmo com ela, é ser leve para deixar que alguém te leve até o amor chegar, repartir e recomeçar!
1343 Nas entrelinhas do teu pescoço escrevi com minha língua um texto de amor. Deixei minha paixão num roxo e minha ternura em um longo arrepio.
1342 Não quero tuas artes nem tuas manhas, muito menos tuas tardes, quero teu cheiro de fêmea no cio criando noites sensuais sem muitos alardes.
1341 Não acredito no puro acaso, se após uma frase que escrevo surge outra em contradição, penso na inteligência escondida desta tal coincidência
1340 Humildade: é ser autêntico mesmo sabendo que podem existir outras verdades!
1339 Com um pedaço de poesia na mão naufraguei meu coração no teu mar. Não tive outra opção, a não ser me agarrar em qualquer rima de salvação...
1338 A tequila fez a cabeça das meninas! Pareciam sintonizadas com as estrelas, com olhares distantes e bocas espumando salivas de matilhas...
1337 Num mar caribenho naveguei em saias curtas de coxas negras dançando rumbas e mambos enquanto um rum dourado descia pirata em minha garganta.
1336 Com os lábios molhados por um orvalho que vinha de baixo ela selou os meus em um ato de coragem explícita diante de tantos olhares desertos.
1335 Sou vergonha em expressar-me diretamente, só me exponho em públicas metáforas, assim ninguém encontrará a porta de minha falsa ingenuidade.
1334 Meu medo me faz retraído em uma concha tão pequena onde não tenho como me esconder e qualquer frase ou comentário me fazem nela permanecer.
1333 Uma Lua Cheia vermelha em pleno dia, noite rara é o lugar que ela merece, mas por mim, mesmo diante de todo Sol... ela me aparece!
1332 Sei que o medo que há dentro de ti a impede de lançar-se na exploração de suas possibilidades como musa, amante e mulher que sabe dizer não.
1331 Quero renegociar comigo tua bela imagem dentro de mim: tua presença real rara e choca é bem menor do que a criada por minha paranóica paixão
1330 Tempo bipolar como quem? Um dia quente, outro frio, ouço hot n cold com Katy Perry e desço a montanha russa do humor em direção ao teu cio!
1329 Derrubei um punhado de poemas em teu decote ousado, eles desceram sob tua roupa como avessos fáceis até serem em teu ventre estraçalhados.
1328 Vadia como porta de bar, aberta 24 horas para qualquer um entrar, assim eu a encontrei, depois a descobri princesa em minha cama e mesa...
1327 o olhar tornando pequeno -passa régua na conta! o peso de toda preguiça cabeça prá lá de tonta e os passos feito treliças
1326 Será que eu ainda teimo em fingir não conhecer o que já sei? Será que eu desconheço e mereço o que me parece óbvio em teu olhar sem lei?
1325 Agradeço meus amores distantes que chegam em lembranças leves e me deixam com o coração nas mãos derretendo saudades como flocos de neve...
1324 Entre meus trêmulos dedos está aceso um estopim que não consigo apagar, como um fogo fátuo, um fantasma quente brinca na palma da minha mão!
1323 Procuro-te no vazio das redes sociais, nas fotos do Google, Orkut e Facebook. Ligo a TV: todos os canais são radares em busca de Você...
1322 Corto minha garganta com uma tequila afiada e densa, que em corte aveludado, esquenta meu estômago após engolir o iceberg de tua presença...
1321 Como uma paddock girl você atravessa em imagens velozes o retrovisor de minha moto que derrapa nas curvas do teu mini vestido liso de azul!
1320 Vendi minha alma para Deus e por erro do carteiro ela foi entregue ao diabo, pago dívidas sem pecado, mexo um caldeirão com colher sem cabo.
1319 Desço a ladeira do teclado como cascata loira de champanhe vendida como genuína nos prontos socorros de uma timeline preguiçosa e sem vida.
1318 Entre dar bom dia ao Vietnã ou silenciar no luto talibã, fico com o que a semana me trouxe: muitas saudades agasalhadas por uma fria manhã!
1317 Vira o avesso do certo como quem come pelas entranhas o melhor caviar, cruza as pernas na minha frente só para perceber onde vai meu olhar?
1316 Não são santos teus olhos me olhando de lado nos braços do teu novo amor, são olhos de quem espreitam teu território em meu canto de dor.
1315 Não sei como integrar ao amor a solução final dada ao Chê e ao Bin, ambos cutucaram a águia listrada e foram bicados nos olhos até o fim...
1314 Vou para uma noite cubana com pregos nos quadris, quero um rebolado martelo para arrancar a apatia que me enquadra numa parede infeliz...
1313 Numa rede sem balanço descanso o coração de Você, arrasto o tempo sem sede, quero um lento porquê sem vontade, longe da paixão e da saudade.
1312 Cuide-se meu amor, cuide de tua descuidada saia, não saia sem tua irmã, se não voltar sinta a nova manhã cuide bem de tudo que Você não tem.
1311 Pirão de rainha, açafrão no mel, fogo no gelo, fel de tainha, jogo em maçã, lista de odeio, morta em cabelo, torta sem freio, pista de rã!
1310 No metrô: teus olhos pararam na estação do meu olhar instável enquanto outros passageiros filtravam com seus corpos nosso flerte improvável.
1309 Vadia como uma puta lançastes tuas unhas em minhas costas pintadas, deixando marcas que arrancaram sangue, matando qualquer velha paz...
1308 Jogo frio este olhar menino, andrógina mulher que definir não quer, sou elo perdido entre teus gêneros, efêmero em sede diante de tanto cio.
1307 Li em teus olhos um amor escondido em versos, me fiz poeta para desvendá-los, mas Quixote me perdi lutando contra os teus dragões perversos.
1306 No ventre macio ela dança minha música preparando-se para a vida, não quer nada além do quentinho da mãe, flutuando em poses distraídas...
1305 Li em teus olhos de mãe a vontade de estar perto de sua filha, de acalantá-la com uma música de Nana, caindo de sono no liso dos carinhos...
1304 Vendo teu coração cair em contradição com minha afirmativa de amor, tratei de fingir no jogo de tuas artimanhas como qualquer velho jogador!
1303 raspei com os dentes os restos de uma ressaca guerra cultivada entre os carunchos de um corrimão quebrado de uma escada que jamais vou subir
1302 Usei todos os argumentos para calar meu coração em grito de desespero. Agora ele em surdez espontânea, só ouve o silêncio que vem de Você.
1301 a psicóloga recém formada visitou à mãe que a tinha sustentado com o suores coletados em muitos etc agradecendo não ter complexo de Electra
1300 No velho sofá de um prostíbulo, a loira de grandes coxas acomodou-se de quatro a espera do seu macho, que insistia com suas poesias de amor.
1299 Deitada no divã suava e disfarçava o que sentia pela terapeuta, quase engasgou nos próprios líquidos quando se percebeu molhada de tesão.
1298 Na sombra da luz que sua voz crítica produz, existe um menino coração que ama a possibilidade do erro e foge do certo como diabo da cruz...
1297 Não tinha ciência que meu amor por Você me deixava tão analfabeto assim: dando murro em pança de foca, correndo de pés atados feito pingüim.
1296 O dia começa frio e lentamente corre em minhas veias como um soro recém tirado do congelador: um agudo sustenido e pontudo em forma de dor!
1295 Quero de prender minha liberdade em uma gaiola, deixá-la longe da janela das possibilidades e aquietar meu coração cheio de escolhas tolas.
1294 Havia um tempo em que o espaço entre os dias eram um quase nada e os velhos ponteiros do relógio voavam sem asas no pulso da mulher amada!
1293 Secretas orgias em pequenos lavabos líricos, onde coloridos pingentes agitam-se indigentes em movimentos síncronos de desequilíbrio etílico.
1292 Vacinada de amores tortos, recusou o meu. Trocou a possibilidade de minhas assimetrias sentimentais por alguém que lhe pareceu mais correto.
1291 Um dia tocarei de leve a sola dos teus pés com minha língua, não só por podolatria, mas para deixá-la livre de tuas tantas idiossincrasias.
1290 Lembra quando éramos perto? Quando amigos, brincávamos juntos na mesma calçada? Que em sonhos quase despertos, desejávamos a mesma namorada?
1289 Vadio como cão de rua cheirei o lixo das promiscuidades, tornei meu faro insensível até que a sarna das saudades me fêz teu amor reconhecer!
1288 Num sábado de Páscoa nasceu meu primeiro filho, uma luz em meu olhar criança! Hoje ele surfa outras ondas, mas na Páscoa seu brilho é meu!
1287 Meu irmão não gosta da imagem que tenho do meu pai que já se foi, diz que ela não condiz com o que ele viveu: que bom que o trauma é só meu!
1286 O fogo que Você prometeu com bocas e olhares, ficou restrito ao circo em chamas que sumiu antes da estréia: um espetáculo só na minha idéia!
1285 Tenho vergonha de dizer que te amo, que ainda te chamo na luz dos silêncios entres rimas e nos vãos de cercas que pulo em busca de chão...
1284 Já me esqueceu! Não foi ontem nem hoje, à muito um outro perto Você escolheu. Então porque volta ao meu pensamento como se ele fosse só teu?
1283 Labaredas de vontades queimam as narinas sem nenhuma anestesia, carregam meu gosto em leque de fantasia e deste moleque desejo nasce dia...
1282 No meio fio de tua rua escrevo poemas que Você não pode ler, Você passa por elas todos os dias sem ver, todos sabem que te amo, menos Você!
1281 No caminho de meu inferno astral encontrei um trevo de quatro folhas, cada uma apontando para um Norte diferente complicando minha escolha.
1280 Incômodo que de tão danado fica escondido e colorindo minha paranóia, uma jóia falsa brilhando no redondo de doloridas lágrimas reprimidas.
1279 Ausência do que foi sempre ausente, presente da agonia, coelho morto na cartola fria da realidade, uma Lua cheia em pleno calor do meio dia.
1278 Não encaro paixão como insanidade, só vontade de viver com intensidade! O resto é piercing que carrego! Acessórios descartáveis do meu Ego?
1277 Apaixono-me por algumas horas, mando mensagens que terão respostas vazias, danço o possível da vida nos passos incontroláveis da poesia...
1276 Uma ou outra vez passo da conta em teores etílicos, ai escrevo, choro, amo quem não me ama, divirto-me com minhas coleção de paixões e dores
1275 Carreguei meus olhos de vontade, cada desejo era uma lágrima livre escorrendo através dos sulcos do meu rosto, em rotas de amor e saudades!
1274 Cansado dos gritos de tantas rimas bobas xingando o COELHO MALDITO, o que me resta é ser dos que nele acreditam... um tolo poeta proscrito!
1273 Era só uma passagem dos judeus no deserto fugindo do Egito. Hoje, de quarta a domingo é um só agito de acabar os joelhos: MALDITO COELHO!!!
1272 Parentes reunidos, o Judas da familia malhado na quinta sem sexta compaixão, a mesma história repetida dos tempos velhos: MALDITO COELHO!!!
1271 Bacalhau, peixe, frutos do mar pelo olho da cara, subiu o preço da cebola, da azeitona, da batata e do pimentão vermelho: MALDITO COELHO!!!
1270 Fim de tarde na escola. A festa de Páscoa das crianças, sempre a mesma coisa: pais tirando fotos, tias metendo o bedelho. MALDITO COELHO!!!
1269 No calor da praia ela atrapalha o dia com panfletos, vestindo uma fantasia de astracão rosa felpudo de caídas orelhas: MALDITA COELHA!!!
1268 Sado-masoquista infantil que esconde ninhos de chocolate de pequenas crianças inocentes, que seguiram seus bons conselhos: MALDITO COELHO!!!
1267 Semana que vem explodirão espinhas com a serotonina dos chocolates, por causa de um miserável chapado de olhos vermelhos: MALDITO COELHO!!!
1266 Qual a origem deste animal? Masculino, mamífero botando ôvo de chocolate, que é vegetal, até roubou uma data do Evangelho. MALDITO COELHO!!!
1265 7 horas de viagem, 20 sacolas de bagagem, fila no super-mecado e no pedágio, gasolina com ágio, um trânsito pentelho... MALDITO COELHO!!!
1264 O que faz o poeta com um agora em eternidade mínima? Se o mau humor rompe o peito em lances de esgrima, devorando o vazio que a vida intima?
1263 O que faz um poeta quando não quer recorrer a uma rima? Quando não quer olhar para cima e deseja inverter o tempo e o espaço que o legitima?
1262 Irritação: alergia na pele da alma, golpe que fere a calma, lenta agonia que transforma o dia em desespero e tortura a própria loucura.
1261 Ódio: remédio amargo do humor, olhos em chamas, língua ferina, mãos fechadas para na cara bater, dentes cerrados prontos para morder...
1260 Agressividade: marco de aumento no território, em palavras firmes ou rude caçada de matilha... as vezes manso como lava quente criando ilha.
1259 Incômodo: algo atravessado na glote, espinho virtual que estanca a garganta, que vira insônia e qualquer possibilidade de paz... espanta.
1258 Raiva: um grito incontido, um vermelho na cara, que mesmo diante do amor vira um gesto brusco de defesa ou luta, um simples filha da puta...
1257 Ira: espaço psicológico interno quebrado, começa em descontentamento, vira incômodo, cresce até a raiva, uma febre esquentando o pensamento!
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