terça-feira, 19 de junho de 2012

Rua Incerta


Miro 12.06.2012

Mata-me com tua eterna depressão
com este teu gosto de estrada vazia
que ainda insisto em querer trilhar
com passos bambos  e sem direção...

Se persigo teus rastros mesmo assim
é que eles me incentivam como ímã
pois pressinto neles o significado
do tudo de ti que pertence a mim...

Ao varrer com teu olhar impreciso
minha vida-livro de ruim conteúdo
só terás direito aos teus próprios sisos...

E se cortas com silêncios minhas asas
busco no céu possível dos teus delírios
a rua incerta desta paixão sem casa...   

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Alvo Branco

Miro 11.06.2012

Na grande vidraça embaçada
uma lágrima escorrega caótica
e derrama sobre o parapeito frio
argumentos dignos do botequim...

A imagem dos campos em geada
esbranquiçada sob qualquer óptica
dispara no meio do peito arrepios
que congelam o desejo em estopim...

A inércia no olhar vira temporada
sem a preciosa procura semiótica
ao não querer saber o que há no fim...

E o inverno de lesões acomodadas
afunda-se em reflexões sobre o vazio:
no alvo branco que habita em mim...

Espera de Antonia

Miro 27.05.2011

De um ninho mãe
vem o desenho do amor
em um carinho quente
em teu quarto eu sonho
imaginando teu rosto
esperando meu lindo bebê...


És para mim fonte viva
mesmo antes de ser
és um sorriso presente...
Um convite a alegria
no meu corpo cansado
renovado em Você!

1867 a 1963 do twitter


 1963
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sabia o segredo das cartas e dos amigos, tratava todos com igualdade, gostava de cachaça mineira e de uma gelada...para esquentar a amizade!
 
1962
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
um amigo que no bolso do peito respondia com braço forte, uma amizade maior que o seu generoso tamanho, deixou uma boa tristeza a sua morte
 
1961
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o sextante jaz em liberdade no vai-e-vem submarino aprendendo a ser submerso como mistérios e a miséria subjacente de gozos mal resolvidos
 
1960
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a bússola bóia solitária com hálito acre de desfecho um último golpe desfere antes que os resquícios sejam elos perdidos da cadeia alimentar
 
1959
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a escotilha semi-aberta embassada pela auto neblina e gosto de nebulosa transforma em cinzas a brasa fria que à deriva não sossega a pressão
 
1958
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o timão roda anti-horário por mãos invisíveis regride ao inverso em memórias amareladas e apegos amarrotados de raciocínios conhecidos
 
1957
12 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
salva-vidas estão a salvo vencidos pela falta de escusas presos ao casco corroído da escuna que singra na vertical em ato de despedida do ar
 
1956
11 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o leme parte em sexto sentido remando em círculos imperfeitos criando falsos impérios territórios tênues fugaz controle de qualquer direção
 
1955
11 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
âncoras sem função criam asas ao imaginário rompendo modelos mágicos pondo fora segredos e roendo as próprias cordas em continentes perdidos
 
1954
11 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O tombadilho geme seus vazios livre de cores pasteurizadas rangendo em tons pastéis contraindo o porão em meditações e tateando inóspito mar
 
1953
11 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
solitários mastros balançam em marolas inconstantes, buscam algo que conste, sem visitas à vista e além do horizonte só há um céu em solidão
 
1952
11 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
as velas estão amarradas e guardadas no convés perto do que ainda convém e dos restos das rezas derretidas no gelo de julgamentos partidos
 
1951
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
deixo em teus olhos como legado todos os carinhos que ainda não fiz, para meu filho a possibilidade ser feliz mesmo diante de um céu em griz
 
1950
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
ao invés de todas as mulheres em seu internacional dia, prefiro uma noite particular com ela, eternizando-a com carinhos, tesão e poesias...
 
1949
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
enquanto equilibrava-me no balanço de tuas ancas morenas o fiel de minha libra desnudava-se em teus pratos sentimentos em taras pequenas...
 
1948
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
como folha de outono caindo depois de pecado de Adão discuti contigo o que não me prendia na tua religião até perceber que aquilo era paixão
 
1947
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Penso nas mulheres em mim e passo o dia em ritmo de saudades, algumas intensas, outras fugazes e as tranquilas que jamais faremos as pazes?
 
1946
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ao enrolar-me em ti com minhas cordas vocais em poesia, não percebi que lhe vendia minha voz e tinha como troco o xarope de tua hipocrisia!
 
1945
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sem olhar, matuto qualquer motivo, seriam pecados antigos, uma atual omissão ou o acaso derramando poesia em pétalas no meu impreciso chão?
 
1944
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sem tocá-las, em estranha sensação, olho-as com o rubor da vergonha e desvio o mistério das rosas que impediam os trilhos... do meu chão!
 
1943
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Abaixo-me inconsciente querendo entender toda aquela situação, será que tenho alguma culpa nos espinhos capados das rosas alí no chão?
 
1942
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Paro diante das pétalas, intensas como a paixão, causam-me algum prazer e ao mesmo tempo medo, pois parecem meu sangue derramado no chão...
 
1941
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Depois grita com raiva um último palavrão, fecha a janela e sai cantando pneus, deixando um rastro de história no chão...
 
1940
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Um carro passa na contramão, um braço sensual feminino abre a janela e joga um bouquet de rosas, botões vermelhos diante do meu chão...
 
1939
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A parede vermelha dizia que era para ser com fogo o acender da paixão, mas foi suave como a brisa que nutriu nossas brasas até a explosão.
 
1938
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
na cama quatro correntes indicavam até onde poderia ir nossa liberdade, no teto um espelho julgáva-nos sem grandes penas ou curiosidades...
 
1937
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lembra da lenha jogada na lareira e que estalou em sarcásticas labaredas no ar até que descobrimos que o riso escondia o nosso medo de amar?
 
1936
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
violaste meus impulsos violentos e me deixaste em calma, em meu corpo a raiva tres vezes destilada embranquece e silencia as vozes da alma
 
1935
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
não há mais ar entre nós, só milhares de paredes que transformam os dias em uma muralha da listas, que contém qualquer paixão oportunista...
 
1934
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
injunção de temperamento que tempera minhas juntas com óleo de Lorenzo e arranca lágrimas no caminhar sobre toda tola necessidade viceral...
 
1933
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Por debaixo de um verniz fino como qualquer denúncia jornalística sem informantes, os teus motivos serão lidos no banheiro do restaurante!
 
1932
8 Mar Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
uma esfinge virtual em góticas gotas invade os sites secretos de minha paixão descarregando vícios nos estravagantes ofícios do meu coração
 
1931
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ainda tenho Você em minhas órbitas, não como uma Lua, mas como lágrimas que embaçam a vista com imagens que me trazem Você em saudades nuas.
 
1930
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Com alguma ternura garimpou no lixo da noite algumas preciosidades raras, como um beijo molhado que se misturou ao gosto de lágrimas caras!
 
1929
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quando resolveram arrematar as linhas do coração, já era tarde para reciclar os resíduos da paixão e atingir as metas de infiel reprodução!
 
1928
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quando não dava tempo acontecia no banheiro da pública repartição, era quando combinavam: enquanto um gozava, o outro prestava em atenção!
 
1927
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A garça lançou-se lenta ao ar, antes porém retocou o batom, guardou a calcinha de onça, balançou os cachos molhados de californianos tons...
 
1926
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O prato executivo esfriava no sujo criado mudo, enquanto o cheiro de amor saciava em cochilos um crocodilo relaxado no úmido pântano peludo!
 
1925
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Amantes sem hora marcada, sem compromissos, como o acaso de encontros delinquentes em móteis de segunda classe com o suor do expediente...
 
1924
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O peixe apodrecia sob o tapete, nadando no nada que se fazia, feito uma geração espontânea de indesejados cheiros sem endereçada autoria...
 
1923
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Era para ser só um grupo de diferentes estilos confinados em segura ilha, mas as personalidades foram se tornando complementares armadilhas!
 
1922
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A chuva em goteira sobre o teu leito dessarrumado e vazio, deixou uma tatuagem transparente nos lençóis: tão simbólica como o teu suor frio!
 
1921
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
ante o bafo de morte que entrou pelos vãos da janela um sono letárgico deitou nos olhos o peso de terra indevida onde germinou uma nova vida
 
1920
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Na memória fraca teu nome é um luar onde a bruma do tempo vai lentamente se perdendo em brancos... onde a saudade se esconde do querer...
  
1919
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A saudade aperta-me como abraço de criança com medo, escorre nos dedos como mercúrio de termômetro quebrado e deixa um gosto de mal passado!

1918
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Composta a nossa sinfonia, ouviu-se um prólogo no meio e um gran finale que não tinha fim e diante do talvez, tocava um não dentro do sim...
 
1917
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
sei, mas não aceito, estás certa, mas não é só assim, tem sentido, mas não quero, o desejo não é meu, está nos teus olhos, mas não em mim...
 
1916
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
não há mais rotina, a não ser o vazio de nada fazer, enquanto na lona da retina, uma última lágrima ora por uma paixão que não vai acontecer
 
1915
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
espirais... onde eu trans-piro, meu laico conspira e Vós... expirais!
 
1914
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
assim é a vida um círculo de ciclos, onde nada o sempre e o todo jamais... a não ser que juntos se agrupem no infinito ateu das espirais...
 
1913
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
talvez mais doidos e mais coloridos com seus invisíveis cios e ais... ou menos felizes, com ritos e riscos ou outros carpados imortais...
 
1912
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
nos olhos... areias... desejo e incômodo em ambíguos duais... pausa silenciosa, repassados futuros, proscritos e escritos... iguais?
 
1911
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
confetes no chão, máscaras rasgadas no último dos carnavais... pedaços de bolo no tapete da sala, champanhe em cacos de cristais...
 
1910
27 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Fim de ciclos, obtuário criado com Suas Maíúsculas iniciais... lona arriada de circo, marcas de serragem em terras sujas vicinais...

1909
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
sem ferramentas para concertar o próprio peito desalinhado, busco o martelo das palavras para pregar na tela da memória o teu retrato falado
 
1908 
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Cabelos caem! Há papo por debaixo do queixo e não é de arrogância. Varizes em instância de solidão cansam o sangue em insegura pressão...
 
1907
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Hora de enlouquecer! De esquecer a razão, chega de trabalhar enchendo os próprios vazios, é melhor viver a vida... desabotoando o conter...
 
1906
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Pago um imposto indevido por te amar. A taxa da solidão é exorbitante. A cota retirada da lucidez aumenta a cada mês sem opção de sonegação!
 
1905
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Impossível não me ver, desabilitar-me de ti sem porquê. Sou um spam em repetidas mensagens de amor, que viaja o mundo até chegar em Você...
 
1904
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ela acordou atravessada, seu limite de paciência foi ultrapassado a mais de cem, espero pelo tiro de misericórdia, que por castigo não vem!
 
1903
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Apodrecida a madeira os pés esfarelam-se no chão, posso por a culpa no tempo e seus cupins, isto é tão natural como em solidão fugir de mim!
 
1902
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Escrevo enquanto meus seguidores dormem, assim não provoco pesadelos e não esgrimo com qualquer esperta consciência desperta...
 
1901
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Olho a vida em pedaços, alguns deles sem aparentes ligações, as partes me trouxeram até aqui e com dificuldades, as integro no todo do Eu.
 
1900
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
nem mais um segundo para pensar, escrever sem consciência mensagens que jamais serão lidas, deixando-as tatuar no écran as letras do vazio
 
1899
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
destilar a própria bilis com o calor das palavras mais rudes é um processo de agressão literária que só traz conforto se for vomitada a dor
 
1898
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
um carnaval sem fantasias, cheio de confetes de chumbo na boca, as mãos atadas por serpentinas enferrujadas, que calam os calos dos meus pés
 
1897
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o choro era de febre, leves gemidos acompanhados de soluços perdiam-se no sucessivo das tosses, sem remédios, como o lento de última agonia.
 
1896
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
poético e apocalíptico, optei por elípticas voltas ao redor da cripta, até captar o eclipse de concepções inócuas e a mim mesmo oblíquas!?
 
1895
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o veio de ouro ficava menor a cada dia, o trabalho endurecia a medida que o profundo chegava, minerado o eu... a dor reluzia de escuridão...
 
1894
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
velho em solidão, caquético em monólogo de histórias que já nem sei se são mesmo minhas, cubro-me das penas do mundo através dos telejornais
 
1893
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
há dias que não estou bem, nada faz sentido, não quero estar certo, desejo só a noite e quero insistir em morrer de tanto em mim existir...
 
1892
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
hoje estou antes de qualquer princípio e ao mesmo tempo além de qualquer fim, único como os não criados, dissolvido na solidão dos deuses!
 
1891
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
caminho sem pernas, vôo sem asas, nado na escuridão cego de luz, paralelo e ausente de qualquer humanidade...
 
1890
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o destino traçado com régua e compasso não requer mais nada: nem sentimentos, nem intuição ou uma mínima intenção...
 
1889
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a razão purificada se anula no comando de todos os controles e a lógica se faz cúbica e exata como um maktub
 
1888
18 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A manhã desprevinida pega-me em solidão dos deuses, sem humanos pecados para errar e sem direitos básicos para enlouquecer...
 
1887
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o aviso veio sob a forma de lágrimas soltas, sem nenhuma palavra, depois as malas foram arrumadas as pressas para uma viagem sem voltas...
 
1886
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
teu cheiro está no meu nariz de cachorro, que reconhece o todo de tuas partes, que sente de longe teu cio nas entrelinhas de tuas artes...
 
1885
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
no fundo da taça de vinho uma mancha rubra como um sangue coagulado criou um desenho de uma bruxa voando no resto de nosso cristal quebrado
 
1884
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o choro era o sinal de que o jogo estava no final, os olhos vermelhos ralavam ódio logo após o perdão ser sepultado em nosso silêncio mortal
 
1883
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
tenho um desejo louco de te colocar nua na pedra da mesa da sala e em banquete japonês experimentar com a lingua as dobras de teus sashimis
 
1882
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
liberado o desejo, veio a angústia da escolha de permanecermos unidos, depois o cansaço que tomou conta dos olhos em sonhos sem sentidos...
 
1881
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O teu corpo na memória da pele desenha falsas tatuagens com carinhos doloridos, dando a ela um colorido artificial de algo mal resolvido...
 
1880
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ouço tua voz sussurrar nos ouvidos palavras de raiva submissa, com uma ternura digna de meigos carrascos em oração penitente de negra missa.
 
1879
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Entre uma gota de suor e a lágrima, um vale de solidão esconde a sombra da fantasia que se desmancha no colo de um amor que virou amizade...
 
1878
15 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Era para ser breve, tornou-se sempre, era para ser pouco, acabou cheio, era para ser único, virou plural, era para ser fim e parou no meio.
 
1877
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A dor negritada em acessos a sites sem lar, enquanto minha morte silenciosa é um spam agonizante no vazio de tua caixa de lixo hospitalar...

1876
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
prefiro escolher no escuro, como um morcego surdo e de asas cansadas, onde o tato não mais funciona, sem a luz de tua arrogante sedução...
 
1875
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Só e em silêncio, em liberdade cadente: grilos, tribos, brilhos, gritos, atritos, britas. Ácidos óbvios concretos no vácuo certo dos agoras!
 
1874
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Já não sou Você no vazio que não agita! Sem teu dinheiro, verdades ou a tua inteligência! Desenvolvo alguma luz além da tua inconsciência...
 
1873
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Um hálito simples crias ar e envolve: necessário a vida e a morte, novo em verdades e mentiras, na medida... para não parar de te respirar!
 
1872
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Arranco minhas falsas unhas e sem tuas armadilhas letais bebo o veneno de novas luzes com sede de invernos boreais! http://migre.me/7LcBY
 
1871
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A poeira incomoda meus olhos que sem caminho para chorar desertifica a sagrada Aorta...http://migre.me/7Lc0b
 
1870
1 Feb Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A cerca elétrica dos teus apreços ligada em 220 Volts foi cuidadosamente instalada ao redor de minhas vontades...http://migre.me/7LbIc
 
1869
20 Jan Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O fácil do tédio é o não fazer nada, o difícil é que só tem um remédio e a cura depende de deixar de crer que sem ele, a vida é mais dura...

1868  
20 Jan Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quando o raro acontece a vida tece felicidade, dança sem agulhas no fio de infiel liberdade e no pano da vingança cria inesperados bordados!

1867  
20 Jan Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Fácil o caminho do toco em teu silencioso não! Tropeço em tua surdez seletiva sem fim e mesmo no chão, crio caminhos para chegar no teu sim!