Tua tez vai fugindo em pausas de mudanças,
como pequenas doses de venenos em licores,
que jazem no fundo seco da taça transparente,
enquanto a lágrima copia o nó da esperança!
No evaporado pó dos teus bipolares humores
cavo um buraco no furo de teu ventre ausente.
Tua imagem é uma caricatura de nossa aliança
e na memória cria canteiros férteis e sem flores!
Como atingir a musa que não tem mais tranças,
e que se esconde nua entre cortinas incolores,
criando no ar fantasia de teor intransigente?Só com imprecisos laços gastos da lembrança,
onde teu perfil chama a sombra dos suores:
feito um espectro de projeção intermitente!