domingo, 23 de dezembro de 2012

Calendário

Miro 23.12.2012

Desato o destino vadio e hilário,
quase uma pulseira do Bonfin
com tantos desejos desbotados
como saia da era de Aquário!

Diante da soleira bíblica do fim
em dois mil congelei o meu diário.
E agora pelos Maias abandonado
sobraram pedras no caos lendário!

Quero voltar a viver sem cuidado
feito gato fugindo de um mastim
a boca livre dos vetos do jardim.

Nos riscos vazios do calendário
vou saltar do organizado armário:
e fugir dos falsos dotes querubins!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Luto Antecipado

Miro Belo Horizonte 14.12.2012

carrego comigo as tuas dúvidas
como um álibi dos maus achados
tratando de cozinhar os teus ciúmes
num fogo lento de lenha molhada

lavo minha alma com as lágrimas
que saltam dos olhos no prazer
peneirando tristezas no volátil
em noites que evaporam solidão

e quando volto solto em lucidez
trocando consciência por miúdos
o instinto me leva tonto até Você

desde o bar até a casa da viúva
que se põem em luto antecipado
e fantasia a morte dos lençois

Banho-maria!


Miro 19.12.2012

Não tenho interesse em sonho
que não faça parte da realidade
que na Lua instantânea do dia
fique escondida feito estrela...

Não quero mais qualquer fantasia
que escorra da mente sem liberdade
prefiro o carrasco do quieto
se o preço é para não tê-la...

Não vou reinvestir no devaneio
que sopra contra o concreto
e torna impossível a alegria...

Nem vou me apaixonar tristonho
por musa que marina os arreios:
e me faz sapo... em banho-maria!


Casulo

Miro Belo Horizonte 14.12.2012

Volto correndo ao meu abrigo
onde me escondo da felicidade
fico quieto, paralisado na muda
querendo que penas virem asas!

Sinto o confortável de um ninho
que me afasta da via frustração
e tece-me ao redor o edredom
que alisa cheiro, desejo e sabor!

Um casulo de intenções castas
que alimenta crua metamorfose
numa hipnose de finas letargias…

Sabe lá se algum maduro novo
como um ovo petrificado e só
possa inventar… outros pecados!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Cinquenta e Um

Miro Ouro Preto 15.12.2012

Uma velha senhora aparece na janela
traz nas mãos um saco de pano cinza
que de tão usado parace ter
cinquenta tons...

Na ladeira em frente, o Pub ainda vazio
guarda entre os seus utencílios antigos
gargalhadas soltas que em Baco compõe
cinquenta sons...

As pedras usadas pela Inconfidência
sobem lentas em um ângulo à sombra
de cinquenta graus...

A senhora remexe a mão no velho pano
Seríam confetes? Sorrindo tira do saco
um único tchau...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Espera

Miro 7.5.2012

Espera um pouco
que a vontade vem
ela vem de trem…
um cargueiro no cio
bufando vazio
na serra de tua libido…

Espera mais um pouco
que o desejo tem
pontes imprevisíveis…
respira o ar escasso
no pequeno espaço
do intenso e proibido…

Espera um pouco mais
por um encanto além
do teu vagão escuro…
para que de graça
teu corpo se faça
solto dos trilhos…

Espera só... um tanto
que a saudade é um bem
que aparecerá mal criada...
feito dormente sem dono
queimando teu sono
com um fogo sem brilho...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bússola Itinerante

Miro 12.12.12 (às 12 horas, 12 minutos e 12 segundo)

Minhas presas de aço
são prisioneiras de tua pressa
quando rápida e rasteira 
larga me ao largo dos constantes…

E nos rastros de casta carência
paraliso-me em teus passos rápidos
que cria ondas de delicado suor
na forquilha dos teus quadriz…

Finjo que não quero ter desejo
e por de traz do velho rayban
sigo tua bússola itinerante...

E no vai-e-vem de tua valência
farejo teus pólos sem Norte
levantando de leve… o meu nariz...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Noventa e Dois Policiais

Miro 15 de novembro de 2012

Velho como um paralelepípedo
fingindo-se de morto no asfalto
é a pedra craque cortando chassis
no araquiri anônimo dos assaltos...

O sangue agonizante da cidade
coagula-se entre coliformes fatais:
numa cheia suja de lamas e ciladas,
que congestiona pistas… marginais!

Fardas sujas pelo plasma derramado
cheiram o azedo da Ponte dos Limões
criando náuseas políticas... às ilusões.

Já não dá para esconder no eterno gris
a contabilidade rubra dos telejornais:
"Executados... noventa e dois policiais!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Barril de Navalhas

Miro 8 de novembro de 2012

Tempo raro de diamantes
em velhas minas difíceis
com veios impossíveis
para ferramentas surradas.

Cheiro de corte nauseante
travando o tesão na raiz
dando nó cego ao nariz
avesso às cavernas usadas.

É o reverso da medalha
no peito de falso mendigo
rogando pão por piedade. 

Posto num barril de navalhas
o prazer escolhe seu abrigo
no estalo cão da infelicidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Liberdade Latente

Miro 22.10.2012

O ar rarefeito dos porões
onde gritos são abafados
por mordaças molhadas:

preparadas com sal grosso
criavam um falso silêncio
ante um poder absoluto...

Do lado de fora a ordem
garantia algum progresso
com maternidades em luto:

sem corpos para velar
clamam por explicação
querem saber qual delito?

Nos corações apertados
o jogo chato da omissão
feito um silêncio maldito:

um campo sem torcida
numa derrota por WO
ante fardas do invisível...

No labirinto da consciência
uma semente sem casca
germina do incompreensível:

alguma liberdade latente
convulsiona em resistência
mesmo por pás soterrada…



Por mordaças molhadas
ante um poder absoluto...
maternidades em luto:

querem saber qual delito...
feito um silêncio maldito
ante fardas do invisível...

alguma liberdade latente
germina do incompreensível
mesmo por Paz… soterrada!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bardo Avatar

Miro 15.10.2012

Tempo de desvestir palavras
e protagonizar nu a poesia,
sem qualquer maquiagem
minerar a toca da fantasia!

Hora de abrir novas lavras
e garimpar preciosas rimas,
mesmo em curta-metragem
nas dobras da auto-estima!

Com a intenção sem arames
quero fluir entre trovas veios
no vai-e-vém de meus anseios...

Até que o bardo avatar declame
algum novo verso audacioso:
o ouro raro... de poético gozo!


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Minhas mazelas

Miro 28.09.2012

Meu orgulho é dedicado
as conquistas que não fiz,
representa um nó desatado
na corda bamba aprendiz!

Meu egoísmo é diferente,
dança tango com a verdade,
mesmo quando meu querer
luta livre pela humanidade!

Meu rancor é bem amolado,
como um facão enferrujado
na lama ácida da preguiça…

Minha raiva é duradoura,
é um foguete que estoura
o silêncio das injustiças…

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Reticências Incompleta..


Miro 26.09.2012

Tua tristeza 
tem um que de indecifrável,
mesmo quando não leio mais 
no largo do teu sorriso
o velho desejo de paz...

Tua depressão escorre em mim
como um visgo
um vício
que me torna em ti
incapaz…

E não tira só 
teu tempo de vida, 
não muda só 
quem Você pensa que é
não altera só 
tuas emoções e identidade!

Muda também a mim, 
que te amo,
muda meu olhar 
sobre Você,
muda o que sinto,
muda a minhas emoções
entre frustrações e saudades...

Não é fácil
ver teu cérebro brilhante
com uma tarja preta
pregado na cruz…

Mergulhado em química,
deixando de oscilar 
entre a sombra e a luz…

Estabilizado, estático
distanciado dos maus sintomas,
em neutralidade gris...

Teus remédios fortes
não te curam,
te livram da dupla sorte
mas não te deixam 
ser mulher
nem se quer
te deixam 
ser infeliz...

Então eu fico só
acompanhando de longe
a tua dor,
tele-cultivando
alguma afetividade,
regando com melancolia
o fruto seco deste amor...

Sou feliz em vários sentidos,
sou feliz como homem,
sou feliz como poeta,
sou feliz como engenheiro,
sou feliz como professor
e muito mais como aprendiz…

Sou feliz em meus filhos,
sou feliz com minhas paixões,
sou feliz em minha casa
sou feliz com minha esposa,
sou feliz com meus amigos
e até no louco de outros quadris...

Mas como ainda estou 
ligado em Você
como num xis,
sou uma
reticências incompleta..
não posso ser,
nem quero ser:
cem por cento feliz!

domingo, 23 de setembro de 2012

Fina Tristeza

Miro 23.09.2012

Tem uma ponta                 é só uma faca
um laço                                                     sem fio
um pedaço                                       um gelo no cio
que me incomoda                                   que me habita
que vira em roda                 que gira aflita
e me conta          e me ataca
de tua beleza                       em fina tristeza
um terço esquisito                                    um ranço restrito
quase infinito                                                         feito um rito
de contas                                            de ressaca
sem fim                    um mau manequim
um fora                 sem escora
centro de mim           no meu camarin
que em silêncio reza                que dança incertezas
indo e vindo                            vindo e indo
no repente                                           indolente
do nada                     na madrugada
ferindo             cobrindo
irreverente    o ausente
com baba             com buracos
de pimenta danada                     como dor velada  
um fogo amigo                              de viúva em jazigo 
que acaba                 tosco cavaco 
comigo…      no umbigo...

É só uma ponta       uma dor fantasma
que vira                                   que pira
e revira                                                 e respira
me apronta…                                                    em asma...

É só um pedaço                                         uma ruga na face
que mexe                                     que lixa
e remexe                     e espicha
sem laços…      sem desenlace!



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Vôo 447

Miro 7.7.2012

Vem cá na cama
é de cana da Índia
tua chama me chama
me ama sem fé
sem cabeça
sem roupa
de pé
feito uma Brahma
gelada em suor
me ama até
tua nua vergonha
virar meu pudor…

Troque tua chama
toque tua chana
encoste minha tocha
em tuas costas e coxas
beba meu chá
meu chá é da índia
como o pó da escada
um incenso queimado
que agora é rapé…

Há canas e canas
a minha cana é benta
pelos sete pecados
do teu interior
me ama sem tempo
me ama senhora
de todas as horas
em ritmo blue
lento a canabis 
acesa sem pressa
me ama à beça
em queda livre
quero ser a dor 
que leva ao teu bis
no fundo das águas
do teu oceano
quero morrer de tesão
sem nojo
sem tarjas
até sem vontade
me ama de novo
como fizemos
sem chegar a Paris...

Sem medo
sem pena
esgota meu ar
respira o silêncio
até o sono chegar...
sem sonhos 
sem ninho
durma tranquila
não há esperanças
no que não vai
começar…

Agora levanta
espanta a prequiça
vista tua roupa
desliga o jornal
eu não quero sentir…
foi só mais um acidente
está na hora de ir!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

À revelia

Miro 4.9.2012

Há coisas que são naturais
outras um quê atravessadas
como cérebro sem mente
e alma para sempre apenada. 

Outras coisas são tão surreais
que parecem ser destinadas
como ter um bebê diferente
de necessidade especializada.

E se o tempo fosse ao contrário?
Quando da morte de um filho
comemorar-se-ia... aniversário?

Mas a vida escorrega dos trilhos
quando a dor cobra o salário 
e à revelia dita algum obituário!

1964 a 2182


2182
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o café está pronto: bolinho de chuva quente pertinho do recém comprado pão, eles infestam a casa com vontades simples...de fácil satisfação.

2181
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
enquanto a música cria um ritmo alucinante, vermelho e quente, deixo meus ouvidos em silêncio acompanhando surdo, teus gemidos indigentes...

2180
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
colecionei raivas de ti como se fossem medalhas de aço, o peso no peito fez doente meus joelhos e pesam as linhas poéticas que ainda te faço

2179
Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ao cair em sí sinta o vento que vem do fundo do teu poço, será o único ar que terás antes que a corda do arrependimento aperte teu pescoço.

2178
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasPor Você deixei minha carreira, fiz da saudade minha namorada, mudei minhas maneiras e só recebi de volta o vazio de tua presença alienada!

2178
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Houve um tempo que eu queria encontrar ouro perdido dentro do teu olhar, só encontrei brutos diamantes, que não tive coragem de lapidar.

2177
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Na dança de prendas, a saia rodando, à mostra deixando íntimas rendas! Esboço um riso que quer em tara mal disfarçada por tão ousada mulher.

2176
4 Set Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Moça complicada, em teu olhar eu me assombro por cima do ombro de tua namorada! Que dona danada com olhar de quem quer minha cobra criada?

2175
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
enquanto não virar o pote mesmo as cegas em teu Texas Hold, aposto alto no meu par de dois, só prá ver qual é a sorte que leva ao teu depois

2174
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A saudade chegou pelas frestas do chão como um hálito gelado fugindo de impreciso porão, tomou conta de uma réstia de ar voando sem direção!

2173
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o amor nos olhos de minha filha ainda reflete o brilho que há nos meus, cresce quando me reconhece nas dores e alegrias de tudo que já viveu

2172
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Fujo de meus velhos sapatos, como se o pregos neles inscrustrados fossem as causas das dores vividas e descalço experimento novas feridas!

2171
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Em epifania alcoolizado, vi os Magos da agonia: um trazia meus vícios dourados, outro paixões em mirra, o último, o insenso de meus pecados!

2170
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a dor no joelho tinha significado oculto: o orgulho de não perdoar seu bem que no final do ciclo do amor foi só capaz de bravejar um insulto

2169
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Havia vida no olhar perdido, que vidraça a fora ía em busca de alguma luz, enquanto a casa em reboliço carecia...a ordem de um dia de Maria!

2168
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasPerdido na oca da agonia, carregando pesos e fantasmas entre musgos e morcegos, sem remédios, sem veias… completamente esmagado, quase cego!

2167
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A mercê de qualquer mixaria sentado na lama dos sapatos, com os pés cheios de feridas sem forças e sem meias…exausto de tanto amor inexato!

2166
26 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sugando um ar rarefeito, em ascos de sacos usados, que dá ao peito ranso em teias! O coração grita alucinado... fugindo nú de tuas cadeias!

2165
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o nada que existe entre nós é um tudo que se alimenta de fome um gole de seco no deserto em pó um esperto modo de dizer o amor não tem nome

2164
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Componho tua ausência com tolices cênicas, onde protagonizas alguma nova paixão, mas da coxia te olho desempenhando sem qualquer convicção.

2163
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ela tem um plano! Ela sabe que houve um engano, mesmo assim tem um plano... que extrapola o ano e coloca nossos erros por debaixo dos panos!

2162
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
com dor no cão dos artelhos consumo tuas drogas e perfumes e quando encontro teu lume escolho a furada piroga dos teus mágicos conselhos...

2161
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a inteligência pesa como se fosse burrice, carrega pensamentos que vão além de arrependimentos e crendices, depois navega vazio em idiotices

2160
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasno meio do teu quarto meu sexto sentido pediu um terço em rima para não ir aos quintos com tantas intenções segundas mostradas logo de prima

2159
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Um inferno de doer nas pernas, um tempo de calor nas partes, sem medidas para secar o rosto, no imposto Sol de tuas belas artes... internas!

2158
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
nada além da fumaça que saia de tua boca em ritmo lento curtindo o complexo gosto da hookah que esvanecia teu rosto como um agora cinzento

2157
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
com a alma cheia de espelhos bati meus olhos em teus olhos vermelhos e suei diante do fogo que neles reproduzia o que em ti eu me assemelho

2156
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
no tempo em que a menor das intenções era a mais forte, não haviam inimigos internos e a vida era algo mais do que se lançar a própria sorte

2155
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a aposta era no par de damas, juntas enfrentariam qualquer dinheiro colocado no pote, mas uma trinca de dois fez na cama o maior holofote...

2154
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
haviam dúvidas por reclamar, um resto de saudades, amores não resolvidos: no balanço das contas uma porção de ciclos ainda por se fechar...

2153
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
no meio do deserto um lago de fina camada de água espelhava o céu sem cerimônia, os olhos em desalinho buscavam algum horizonte de insônia

2152
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasa fumaça azul cobria Venice Beach em sua natural loucura esvaziando a mente em um monótono tambor invisível que se perdia em tons de louvor

2151
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
quando os legos se espalharam no chão, esqueci que o nenê dormia no quarto ao lado e brincando de silêncio... construimos um amor delicado!

2150
5 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
abriu as pernas como uma vadia no cio experimentando os sapatos mais caros, depois saiu convencida de que seu perfume comandaria meu faro...

2149
4 Aug Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a Lua se fez mulher de uma rua nua e depois de tornar suas pedras úmidas e imunes brilhou a noite inteira contra todos os falsos costumes...

2148
29 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
E o jogo prorroga o fogo penteando com suor a imaginação, amarrotando lençois e quebrando o estrado de dúvidas de tua cama sem limites...

2147
29 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O balanço de tuas ondas escorre do colo até as ancas e na lenha de teus perfumes lambo tonto o rio de suor temperado por teus hormônios…

2146
29 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
dona dos vícios no jardim do Éden, voas de pernas abertas, a pele em mil arrepios acolhe meus carinhos tortos num ninho de pimentas no cio

2145
20 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não preciso do dia dos amigos, quero tê-los todos os dias, mesmo a distância, felizes, tristes, travados ou sóbrios, neles a vida resiste...

2144
19 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
É de cerveja coalhada e pó, a amargura que na garganta foi tatuada sob a forma de um nó, engasgado com isto, engulo em seco um caminho só!

2143
19 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Louco por nada, lúcido do todo, em atonal movimento, santa consciência, em laicas cruzadas de acolhimento!

2142
19 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Livre para errar, preso aos amigos, aos bons sentimentos, num mar de ausências entre signos raros… isentos!

2141
19 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Leve dos ego, pesando os valores dos maus entendimentos, absolvendo rebeldias sem qualquer discernimento!

2140
19 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasLonge do tempo, perto da vida, dando vinhos ao vento, no coração a alegria num ritmo raso… lento!

2139
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Em missão filosófica, viajo ao centro da Terra em busca de um Eu poderoso e cego. Desfruto do calor dos pensamentos que por ti ainda nego!

2138
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Mereces tuas escolhas, com a irresponsabilidade dos fracos e com a ganância dos poderosos, crias um destino sem escamas, sem peles e folhas!

2137
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lembro dos olhos, a boca já não faz mais ruído na saudade, o perfume se perdeu nos cheiros de novos suores e a risada no vácuo da vontade!

2136
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Com o passo em lento ritmo descubro a aceleração da eternidade e sem sinais da ansiedade repouso no entre dos horários ilegítimos...

2135
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Em ato laico perdoei quem ofendi, como ateu pedi perdão aos que esperaram de mim mais do que eu era e convicto dos meus pecados me absolvi!

2134
17 Jul Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Longe no vazio das obviedades encontro novidades no que é antigo, um abrigo curto para dar ao tempo algum sentdo...

2133
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Em busca de consenso como delegado da Rio + 20, um cego pedinte em rua escura num tiroteio de ideias claras recheadas de intenções obscuras.

2132
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Amaria todas as Marias, as amaria por inteiro, mesmo sem olhos ou sem intenção, delas seria prisioneiro como náufrago em sereia canção...

2131
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
sou o inocente lado de todos os teus pecados, sou a parte ingênua que não sabe como comer teu rabo, o anjo que resta no teu desejo diabo...

2130
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Retirado de tua galeria de quadros raros, num porão entre telas mal pintadas e de falsos autores sou o melhor zero de teus bens sem valores!

2129
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
tornei-me em ti um stalkeado forçando com minhas rimas algum contato indesejado e sem o teu amor virei um poeta do próprio rabo perseguidor

2128
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
No oráculo dos teus institos, no emaranhado desejo dos teus labirintos, farejei a febre do teu íntimo e bebi a última gota do teu absinto...

2127
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Linda mulher que passa feito um lampejo, vejo teus olhos e máscaras, teu corpo balança a noite e num instante abala meus quietos desejos...

2126
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Estou pronto e ao mesmo tempo tonto, como catavento em redemoinho, como adega sem bons vinhos e a boca franca sem qualquer tranca...

2125
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Maloqueira vontade que me deixa indigente, mendigo de um beijo qualquer, trocando afetividade por trocados, carente do teu cheiro de mulher!

2124
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
E se cortas com silêncios minhas falantes asas, busco no céu possível dos teus delírios a rua incerta desta paixão sem casa...

2123
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ao varrer com teu olhar impreciso, minha vida-livro de ruim conteúdo, só terás direito a ver… o escudo dos teus impróprios sisos...

2122
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Se persigo teus rastros mesmo assim, é que eles me incentivam como ímã, pois pressinto neles o significado do tudo de ti que pertence a mim!

2121
19 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Mata-me com tua eterna depressão, com este teu gosto de estrada vazia que ainda insisto em querer trilhar com passos bambos e sem direção!

2120
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Se a volta é tão dura, porque não dar meia-volta e seguir em frente, afinal o mundo é redondo e qualquer loucura pode trazer tudo diferente!

2119
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o chá de framboesa deu um tempero exótico a sua gruta, ao namorado deu pétalas de rosa com pimenta: um número antes de completar... setenta!

2118
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não te acho rica e exuberante, mesmo assim eu ainda te espero! Não te percebo magra e elegante, mesmo assim és a opção que ainda mais quero!

2117
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Enquanto teus gatos adormecem, gatunos assaltam teus pais, felinos assumem a Nação, uma ligação clandestina acontece e clonam o meu cartão!

2116
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
se quero tamponar tuas fendas como quem brinca com a arma de fogo no jogo de tua filosofia crua é porque admiro quando te apresentas tão nua

2115
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a impossibilidade de me relacionar intimamente contigo gera um caleidoscópio de frustração que se modifica no espelho escuro de tua sedução

2114
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Se gozo ao criar algo poético tão pequeno? Talvez, nem sempre o maior é o mais caro e quando muito apaixonado fica raro ter um gozo sereno!

2113
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Tua ironia denuncia falhas na minha personalidade, como se tua consciência fosse melhor que a minha em dar limites aos caprichos da vontade!

2112
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lembro-me bem de tuas formas sob o cobertor, de teus movimentos lentos mesmo no auge da paixão, um "slow motion" até a completa satisfação!

2111
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
teu olhar imparcial liberou-me para expressar os segredos de minhas vontades e mesmo sem algemas decretou-me uma eterna prisão de saudades

2110
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Para o amanhã buscarei algum novo significado para o nosso circo sem animais, criarei um novo número temático para os nossos dias normais...

2109
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Nas bordas de tuas verdades escondi minhas vontades, codifiquei no teu secreto todo tesão que senti e de tão discreto não ganhei, nem perdi!

2108
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
É só mais um frio: o vinho ressecado no último gole, as cinzas na lareira sem fole e o cheiro de vazio de um passado muito mal incinerado...

2107
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Corro descalço o tempo na contramão, querendo a fonte da juventude, perdendo rugas com novas atitudes: deixar a saudade, renascer na paixão!

2106
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
É estranho terminar algo que nem começou, é como cruzar os talheres sobre o prato antes do antepasto e rejeitar um vinho que não se provou.

2105
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
E o inverno de lesões acomodadas, afunda-se em reflexões sobre o vazio: no alvo branco que habita em mim...

2104
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A inércia no olhar vira temporada, sem a preciosa procura semiótica: o não querer saber o que há no fim...

2103
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A imagem dos campos em geada, esbranquiçada sob qualquer óptica dispara no meio do peito arrepios, que congelam o desejo em estopim...

2102
11 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Na grande vidraça embaçada, uma lágrima escorrega caótica e derrama sobre o parapeito frio argumentos dignos do botequim...

2101
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
À sombra de teus olhos descobri o tesouro de tuas ilhas, foi quando algumas lágrimas desenharam em teu rosto o segredo de tuas armadilhas.

2100
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quero ouvir de Você: também quero o teu querer! Então eu durmo o dia inteiro para que em sonho, de algum modo, isto possa acontecer...

2099
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Uma mensagem aqui, outra ali...leio nas entrelinhas a verdade de tuas piras. E eu? Continuo o mesmo: te amando por telepatia de mentiras...

2098
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quero porque te quero amar! Grito isto como um quero-quero, que te acorda cedo nas manhãs chapadas pela neblina densa vinda da serra do mar!

2097
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lei do Fantástico: mais vale um emprego público de obras de privadas lavar, do que em corrupta empresa privada em obras públicas trabalhar!

2096
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasMeus olhos são teus, mas já não me vês, minha boca é tua, meu corpo te pertence e minha alma enlouquece, enquanto ao longe Você me esquece!

2095
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Há indícios que Satanás quer aumentar as rusgas da comunidade clerical ao inspirar um colaborador para antecipar a corrida sucessória Papal!

2094
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Filosofia Mangá: mais vale beber com os amigos algum frio saquê, do que ficar esperando algo quente produzido por algum comitê...

2093
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Filosofia Mangá: para ter certeza de que a coisa vai dar certo é preciso lembrar só Você está capacitado a produzir a coisa que dará errado!

2092
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasFilosofia Mangá: a cada dia a sua noite, a cada noite a sua madrugada, só depois dela é que a ressaca e a dor nas partes podem ser curadas!

2091
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasFilosofia Mangá: coragem é não deixar hoje que outros aprontem... onde Você com medo, deixou de fazer ontem...

2090
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Filosofia Mangá: Aproveite bem as pequenas coisas que gosta, comemore-as com pelo menos um gole, elas podem se tornar menores...mais moles!

2089
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Estável como salto agulha de virgem em Paris, feliz com o som do martelo de corrupto juiz e crente diante dos políticos depondo nas CPIs...

2088
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
espero quem quer aprender comigo alguma destas bobagens cuspidas da cuca que ao serem copiadas não causam a mesma dor da verdade que machuca

2087
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Devoro-te em telhas, tijolos e cimentos, arrebento meus dentes em tuas duras taras, diluio-te em vão com meus líquidos, até quebrar a cara.

2086
4 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
claro que te amo, as vezes tanto, tanto, que disto não sou capaz, aí eu brigo, te ponho contra a parede, até que teu gozo crie alguma paz...

2085
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasParido das próprias dores, colori sem cores o fundo da taça do frisante, que como vidraça transparente impede qualquer louco vôo rasante...

2084
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiassó...no sábado a noite, o vinho desce macio como cascata em inundação...o hábito de escrever sem dona, cria no ar alguma lisa satisfação...

2083
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Levo-te para casa em teu carro, deixo-te sob os lençóis sem coberta, enquanto decido se durmo do lado de dentro da tua estratégia esperta...

2082
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Misturo meus sentimentos com tuas notícias, em edição extraordinária Você rompe as carícias como se fosse um artista só de cenas ficitícias!

2081
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
minha paranóia vira farofa servida em feijoada de quinta categoria, teu nome escrito na farinha é um ebó criativo que me traz alguma alegria

2080
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
a Lua é um farol de inconfidências transpassa o laser da coincidência, afoba as lobas e inunda o golfo das musas sem qualquer falsas escusas

2079
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Tua calcinha não mascara: não quero o óleo de tua pele clara, quero o azeite que do teu ventre escapa e inconsciente molha o que não tapas!

2078
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A Lua clara e cheia de luz é um escudo prata entre meus olhos e tua tristeza vira-lata, que me come como um pobre diabo atenta as beatas...

2077
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
alucinado em teus instintos percorro vias que não sabes que tens, viro bicho e gozo como um trem: nos teu túneis, viadutos e labirintos...

2076
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Meu tesão é vermelho e preto como o teu time, como-te em rubro-negro, gostosa e má, prego na loucura a calcinha escura em teu vestido grená!

2075
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Como um invasor digital fiquei preso na tela de tua memória, perdido como alguns dos teus falsos brincos a espera que me liberte com um F5!

2074
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
não sei te perdoar porque não és capaz de me ferir, mesmo em tuas noites mais cheias de perversidades te vejo com olhos de experiente faquir

2073
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
largo riquezas, disponho de hábitos e emudeço nu para uma sociedade que me quer consumista de suas dores, sem remorso ou recalque pessimista

2072
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Harmonia em construção: no coração em caos, o pedreiro de Assis reassenta sem cimentos, as pedras velhas e desgastadas dos meus sentimentos.

2071
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
inicio as noites desejando a tua paz, depois quero dar todo o tesão que sou capaz, na madrugada em começo te odeio e de manhã te esqueço...

2070
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Eu te mereço: pelo amor que sinto por Você e por todo o ridículo que foi te confessar isto, enquanto estavas mergulhada em profunda deprê...

2069
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Tuas pétalas escondidas escancaram-se em minhas telas mentais numa cascata de orvalhos de tesão, onde meus pincéis escorregam em danação...

2068
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Minha lógica se perde nas entrelinhas de teu impreciso silêncio, meu amor expande-se e se contrai em movimentos entre orações e vilipêndios.

2067
2 Jun Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ah! O subjetivo dos teus olhos, que me faz navegar do branco ao negro sem entender tuas cores, passar da noite ao dia sem colher teus amores

2066
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
saber que mereço Você, que estás pronta para mim é como estar diante de um mar de vontades, cujas ondas me lambem numa satisfação sem fim...

2065
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
há um tabaco no nordeste que pode ser usado por debaixo dos panos, não precisa fogo para acendê-lo e qualquer trago o faz fumegar por engano

2064
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Saber que em teu mundo de extremos és capaz de fingir-se apaixonada, é tão bom quanto decifrar o enigma da Esfinge e escapar desta cilada...

2063
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
De onde esta trama que embaralha os olhos e a vontade em congelada inanição? Sem sombrinha e breu no suado das mãos pulo no ar sem ter chão!

2062
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Onde foi que eu perdi o nylon de tua meada e esta maçaroca foi acontecer de partida? Na linha do tempo o inexato pensa as dores escondidas…

2061
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A fila andou quando ela deu um F5 e atualizou sua tela mental, deixando para trás os velhos e falsos comandos de sua vida sentimental...

2060
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
num impulso de gemidos a morte foi postergada, sem qualquer economia em cerimônia de tom causal...

2059
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
uma voz quebra o fim e acaba com a falta de dor, os músculos estremecessem em incapaz solução...

2058
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
livre de qualquer juizo, sem vontades explícitas ou pedidos de desculpas num vazio sem final...

2057
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O medo deixa de paralizar, o corpo inerte não ressente, não está e ainda não foi, no eterno que se fez transição...

2056
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
uma sequência de cenas, veloz na retina que seca… sirenes silenciam o caos ante um túnel de cor boreal...

2055
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Um tiro no gosto da boca, o tempo em descompasso, o pulso no ventre do acaso e o sangue em depressão...

2054
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Estamos nus... distantes do novo independente que se fez em liberdade... diante da luz de um espelho que nos cega no velho da consciência...

2053
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
As máscaras já não tapam nossas caras de surpresas e nem mesmo o baton disfarçará nossos medos…

2052
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Estamos nus diante de um ouro inesperado e nossas antigas roupas não nos cobrem mais…

2051
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sou a fração alternativa acusada de querer mais noites e noites a fio. Perversidade à deriva nas roletas carnais: tua cadela fugindo no cio!

2050
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Eu sou só a menina má que cria os piores sustos. Sou eu quem saio de casa dando-me a qualquer um. Sou quem regateia já liberdades sem custo.

2049
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Que maníaco vento me fez náufrago subjetivo do teu temperamento? Que impreciso verso fará teus olhos depressivos ver tudo isto ao inverso?

2048
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Que direção sem Norte me fez perder o sentido em teu silêncio de morte? Em qual tua pouca valia fiquei esquecido como fonte de tua alegria?

2047
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Em que espelho quebrado… tua imagem deixou de cristalizar-se ao meu lado? Que noite sem Lua em meus olhos vomitou tantas saudades tuas?

2046
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesiasCom qual instrumento sai de tuas escalas e desafinei em teus sentimentos? Em qual coincidência virou senzala a tua constante ausência?

2045
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Que estranho costume me fez mergulhar autista no louco do teu perfume? Que filme passageiro deixei de ser protagonista, fora do teu roteiro?

2044
31 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
no coração deserto nascem sentimentos rastejantes, que camuflados pelo árido do teu calor, capturam gotículas do teu sarcástico mau humor...


2043
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
os teus brilhos breves em movimentos lentos teceram com dedos macios uma trama de afetos que me fez refém da textura de teus carinhos vadios 

2042
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A espuma escorreu no ralo, derretendo os sinais de nossa paixão e o que era festa virou num estalo uma úmida e silenciosa solidão...
 
2041
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quando a estria percorreu o cristal da taça deixando uma visível cicatriz, lágrimas de champanhe escorreram em memória de um tempo infeliz!
 
2040
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Velho despertar da libido em confusão, desperdiço ritmos, danço o possível ante o teu tiro incerto onde o alvo de tua mira imprecisa sou eu!
 
2039
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Velho caminho novo, onde escovo os dentes de saudades e bebo o escuro leite derramado no impulso incontornável do dízimo de tuas vontades...
 
2038
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Direto no queixo, o sangue na cara, a lona por travesseiro, a tara vermelha espalhando no chão os golpes finais do desleixo de uma paixão...
 
2037
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Linha viva, cobre em chama, o laço quente do teu abraço, as ternas estrelas tatuadas no teu calcanhar curto-circuitam os fios da minha cama.
 
2036
9 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Perto, bem perto dos teus ganhos secundários, refém de todos teus objetivos arbitrários, em conversa com o ulterior de nosso secreto amor...
 
2035
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
em meu nome escondi o nome do meu amor... cada vez que firmo em identidade... vaza o secreto teor... nas entrelinhas da tinta saudades...
 
2034
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
o veneno da sedução que encontrei no teu olhar não me deixa partir, é como um cão que segura um osso na beira de um poço antes de cair...
 
2033
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Desejo preso em tipóia, óculos cheios de lãs, as voltas da musa jibóia, lágrimas no azedo, óbito doce das manhãs...o ontem chegou mais cedo?
 
2032
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Uma morte cheia de dedos. Letras do campo ilusão. Os dentes tensos de medo... nos momentos de transição...
 
2031
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Algo novo no meio do usado, um olhar em perspectiva no teu espaço congestionado, com a minha língua contra a tua gengiva!
 
2030
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Espectro que curva cores. Erótico que mata no estio. Espelho abissal de licores Enterro de falsos favores. Esteróides loucos no cio...
 
2029
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Estorvo de vãos carinhos, exímio em paralelos crus, engates suando sozinhos em esdrúxulo em vômitos nus...
 
2028
8 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Espécie de Ás pervertido. escória da humanidade, estímulo mal concebido no espaço vadio da vontade...
 
2027
7 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Mostrei meu olhar mais puro, deixei no ar meu sorriso inseguro, depois entreguei-me aos seus cuidados, como um elo perdido do seu passado...
 
2026
7 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Mesmo que quisesse ela não viria, estava em seus dias de reclusão em revolta, onde o mundo virava um cuidar de gatos chiando em sua escolta!
 
2025
7 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O livro aberto na página da dedicatória, onde um anagrama expunha sem a mínima decência a infidelidade conjugal de suas loucas histórias...
 
2024
4 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Fechei os olhos cansados de saudades fugindo de sentimentos fora do prumo, mas não consegui dormir levado por lágrimas de viez sem rumo...
 
2023
4 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Comia cada osso como se fosse patê de foie gras, era capaz de digerir as atrocidades de nossas guerras com goles raros de nossa escassa paz.
 
2022
4 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Na cara o medo de amar, mas a vontade estava por perto. No corpo aquele calor de tara medieval diante de um cinto de castidade recém aberto.
 
2021
4 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
sou fiel quando gozo em outra pensando em ti, sou justo quando perdôo teus pecados longe de mim: é que nossa falta de princípios não tem fim
 
2020
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Você não sai dos teus ciclos de alegria e depressão como prorrogação de final de segundo turno e eu vampiro... fico cego em teu Sol noturno!
 
2019
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Rente a linha que torna teu universo paralelo escrevo palavras de amor que são capazes de diluir o infinito vazio entre nossos falsos zelos.
 
2018
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Surfo nas ondas indecisas do teu vai-e-vem como um nativo que defende cada gota de mar contra intrusos que querem dele experimentar...
 
2017
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O corpo nu em liberdade movia-se em sinuosidades imprevistas de cobra mal matada, relando distraída na palma de minha mão toda suada...
 
2016
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não te encontro mais em sonhos eróticos, só em exóticos pesadelos onde te vejo derramar lágrimas que me fazem escorregar sem te alcançar...
 
2015
3 May Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A minha conta afetiva está tão alta contigo, que para pagá-la seria necessário te beijar de Sol a Sol por uma noite inteira de castigo...
 
2014
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Vi teu rosto na janela da varanda, parecia um quadro surreal, o embaçado vidro das manhãs diluindo teu sorriso nu após uma noite especial...
 
2013
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Leio nos teus olhos desejos, escrevo poesias do que vejo, mas não sei traduzir com o tato a preciosidade 2012
que atravessa os nossos olfatos...
 
2011
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não há Lua que se sustente sem Sol, é da natureza, a chuva esconde os dois, sei que Você é minha estrela: foi ontem, é hoje e será depois...
 
2010
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Tenho amigos que são leais, outros afetivos e distantes, há os porras loucas, os centrados, é quase impossível tê-los no mesmo instantes...
 
2009
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Meu amor tem o cabelo encaracolado como entalhes delicados de escultura barroca, onde mãos loucas infiéis os tocam como invisíveis cinzéis.
 
2008
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Hoje chorei pelo amanhã, com gosto azedo de proibidas maçãs, onde um caminho sem voltas me fez gozar num inferno de zodiacais revoltas...
 
2007
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Meu desejo é meu castigo, onde abrigo com algemas: penas e delitos! Nele também escondo minhas asas, que me fazem voar além do que não digo.
 
2006
26 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O coração balança entre o vazio da saudade eterna e o infinito de um instante de gozo, quebra-se ao meio e cada parte segue seu próprio rito
 
2005
24 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
procuro-te... para que morra em mim esta frustração que apenado alimento e que só teu amor pode compor um fim!
 
2004
24 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
procuro-te para ter algum momento, onde eu possa deixar de me sentir assim: guerreando... em solitários movimentos
 
2003
24 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
procuro em ti algum imoral sentimento nos escaninhos do teu olhar nas gavetas de teus maus pensamentos ou no amargo fel de tua bílis bipolar
 
2002
24 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Procuro em ti algum reconhecimento, um mínimo teto de gratidão sem lar, talvez um amor cego como juramento ou o gole de uma paixão de bar...
 
2001
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não era para ser assim tão nórdico, gelado e etéreo como aurora boreal, era para ser simples, concreto e cheio de tesão como verão tropical!
 
2000
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Tirou a calcinha como quem tira um coelho da cartola, cheia de gestos lentos, convencida! Compôs no espelho uma mágica para lá de conhecida.
 
1999
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Seu pequeno homem se fez grande e fugiu de ti! Era hora de partir? Partiu seu coração ao meio, no tamanho exato, pois não merecia ele cheio.
 
1998
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Menos mal que ainda estás aí, não fugistes para longe como nas canções, sabes que uma hora destas vamos reencontrar nossas impuras intenções
 
1997
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quando meu primeiro filho nasceu eu encontrei o caminho da felicidade possível: aprendi a ser pai, a amar sem exigir nada, a ser sensível...
 
1996
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Deixei-me convencer por ti que não era capaz de amar, de ser um digno pai ou um fiel companheiro, deixei Você me manipular por inteiro...
 
1995
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não sei como resolver as dores de minhas filhas, sou solidário e amoroso, deposito nelas confiança e um fio de esperança em suas autonomias.
 
1994
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ainda amo Você com todas as minhas fantasias não resolvidas, em telas mentais a Você dirigida, em cada pulsação de minha paixão contida...
 
1993
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Como amar uma única mulher? Talvez no átimo do encontro, onde todo corredor do olhar se torna tão infinito que outra qualquer não se quer...
 
1992
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O poeta suicidou-se em suas rimas... Não foi uma morte real, como tudo na poesia só uma forma de conter a dor no restrito campo da fantasia.
 
1991
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A dose maior do que queria, como dizer não na altura dos acontecimentos? Sabia que o arrependimento já germinava entre o húmus da euforia...
 
1990
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O choro contido no banheiro da escola, uma última lágrima seca no papel toalha cheio de rímel e um corredor infinito para se por nos saltos.
 
1989
15 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Fazia que não entendia as minhas pequenas gentilezas de afeto, depois foi se tornando delas dependentes e passei a ser mais que um objeto...
 
1988
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Arriada pelo esforço brutal em conter o instinto do marido, fez-se de puta para ter alguma sanidade até vê-lo menino em seu colo adormecido.
 
1987
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Não respeitava meus erros, só ela podia errar, era uma fonte de prazer e controle em fluxo bipolar, até me deixar lesado de tanto me amar...
 
1986
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Geladas cervejinhas, o apartamento arrumado e cheiroso com flores colhidas no dia, tudo perfeito para mais uma noite em solitária covardia!
 
1985
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Quanta vezes lembrei-me de Voce colocando os pés nus na lama vermelha, expremendo-a por entre os dedos em intenção de liberdade pentelha...
 
1984
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O carro estava escuro entre os pés de cafés, a noite sem Lua admitia a paixão desvairada no carreador escondido depois da curva da estrada.
 
1983
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Deveria ser bom te amar, sentir-me atraído por Você uma fonte de comemoração, mas tua lembrança querida está se tornando incurável ferida...
 
1982
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Já não sei mais dos teus beijos, sei que eram gostosos e que eram molhados como a tua intimidade em pranto na hora que eu lambia teu gozo...

1981
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ninguém quer o beijo da morte, ainda mais em sexta-feira treze, todos querem o beijo da vida, aquele que com carinho garante alguma saída...

1980
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O velho estava com a boca seca de tanto esperar, a morte rondava sem sair do lugar, praguejou-a para ver se ela queria mesmo... lhe levar...
 
1979
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Ah! Os beijos não dados, que ficaram guardados por eu estar envergonhado, alguns viraram poesias... soltas no inferno de minhas fantasias...
 
1978
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O berço estava vazio, no guarda-roupas só o pote seco do anti-traças, no espelho uma boca de pasta de dentes beijava-me em final sem graça!
 
1977
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A culpa é minha por não te beijar mais, o redemoinho da vida sem Voce me faz girar por órbitas loucas onde não encontro um momento de paz...
 
1976
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Talvez a rima mais perfeita do amor seja:"juntos, seja lá como for" e a mais quebrada: querer que o beijo mate o todo dos desejos.
 
1975
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lembrei-me de um beijo gostoso que ficou esquecido por de trás das gavetas da memória com seu gosto travoso e cheio de loucas histórias...
 
1974
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
O primeiro beijo foi na matinê, com gosto do único chicletes da época, não sei qual era o clichê, só me lembro do amor... tecendo na boca...
 
1973
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Deveria ser a noite do beijo, a luz do dia torna tudo objetivo, concreto, não há como achar estrelas nos céus das bocas de um modo discreto!
 
1972
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A cada nova manhã o dia beija sem pudor o orvalho deixado pela noite mulher buscando sentir na saliva o que aconteceu na madrugada anterior.
 
1971
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Lembro-me do começo cheio de respeito, depois veio o primeiro tropeço que transformou-nos num inferno de mutuas cobranças e falsos direitos!
 
1970
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Sentir o teu beijo é como encontrar o doce de águas cristalinas de fonte fresca, depois de uma viagem por desertos de intenções miragens...
 
1969
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
No inverso dos nossos universos encontro nossos meridianos atravessados em papalelas intenções, em jogo de gato e rato onde não há campeões.
 
1968
13 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Espere um pouco eu estou quase lá, claro que estou aqui, no mesmo lugar onde Você nunca está. Sei que quando chegar aí, Você longe estará...
 
1967
10 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Nua e deserta, a rua incerta abria-se entre duas lacunas: o passado cheio de saudades tuas e o futuro de incertezas cruas..
 
1966
10 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
Uma sensação de vazio se espalha pelo oco do osso e contamina minha mente em peregrinação por desertos de hostis dilacerações quase senis...
 
1965
 7 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A linha torta continha as palavras certas, não era Deus quem escrevia, apenas um pobre diabo se fazendo divino em versos de concreta utopia!
 
1964
7 Apr Miro Pedroso ‏@MIkROPoesias
A lua escorregou do horizonte entre nevoas e champanhe, haviam aves que não se sustentavam no ar, mesmo assim o navio partiu em busca de mar

Moça Complicada

Miro 4.9.2012

Moça complicada
olhar de assombro
por cima do ombro
de sua namorada…

Na dança de prendas
sua saia rodando
à mostra deixando
as mais íntimas rendas…

Mais que dona danada
com olhar de quem quer
a minha cobra… criada?

Esboço um riso que quer
em tara mal disfarçada
o jogo desta mulher...

domingo, 26 de agosto de 2012

Oca da Agonia

Miro 26.08.2012

Perdido na oca da agonia
carregando pesos e fantasmas
entre musgos e morcegos
sem remédios e sem veias…

A mercê de qualquer mixaria
sentado na lama dos sapatos
com os pés cheios de feridas
sem forças e sem meias…

Sugando um ar rarefeito
húmido asco de sacos usados
que dá ao peito... ransos em teias!

Mas o coração se agita no peito
e grita um querer alucinado
fugindo nú... de tuas cadeias!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Torre de Babel

Miro 10.08.2012 aniversário da Alba

Desencontros nos sons de um bar
murmúrios de toda as vozes
assuntos sem qualquer pauta
risos que no ar se perdem?

Um canto longe em desalinho
no vazio dos poucos silêncios
um quê de tantas ausências
no ôco cheio dos ouvidos!

E nas entrelinhas sempre vãs
alguns de si mesmo escapam
sem se quer sair do lugar!

E outros ainda se encontram
como brilhos de trilhos de trem
cada qual mantendo o seu lado…


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