segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Olhar de Náufrago

Miro 3 de outubro de 2016
(115 anos do nascimento de meu poeta e avô Quintiliano Pedroso)

Acordo com o olhar de náufrago
que no horizonte cria esperança 
e agasalha na pele o seco do sal
tendo a solidão como escudeiro!

Com um gosto de inexistência
consumo o tempo com o nada
enquanto nadam ao meu redor
os vazios de um oceano inteiro.

Só as estrelas me consolam… 
elas trazem algum brilho vadio
que mantém o doce no olhar!

Arrependo-me do desejo de mar
inundado de todo seu imenso
que sói me corroer... sem me levar!

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