(115 anos do nascimento de meu poeta e avô Quintiliano Pedroso)
Acordo com o olhar de náufrago
que no horizonte cria esperança
e agasalha na pele o seco do sal
tendo a solidão como escudeiro!
Com um gosto de inexistência
consumo o tempo com o nada
enquanto nadam ao meu redor
os vazios de um oceano inteiro.
Só as estrelas me consolam…
elas trazem algum brilho vadio
que mantém o doce no olhar!
Arrependo-me do desejo de mar
inundado de todo seu imenso
que sói me corroer... sem me levar!
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