domingo, 4 de maio de 2014

2183 a 2346 Mikropoesias do Twitter


2346
27 de dezembro de 2012 
Espremido entre o Natal e o Ano Novo sem querer gastar horrores com Hotel, avião e restaurante, com a certeza de que depois será como antes!

2345
27 de dezembro de 2012 
Torcendo para o jacaré, com uma ruga a mais emoldurando o olhar, sem poder expressar a tristeza, só sobrou a irritação por debaixo da mesa!?

2344
27 de dezembro de 2012 
Ela era só músculos do pescoço as pernas, uma espécie de proteínas processadas em academia, aeróbico exemplo de auto transformação externa!

2343
27 de dezembro de 2012 
no caminho das Índias, fiquei a respirar calmarias da morte, regateando brisa nas ventas, preso ao destino e sua faca sem censuras ou cortes

2342
27 de dezembro de 2012 
foi bonita a festa, mas fiquei carente, curtindo a competição de quem ainda me detesta, ouvindo as mesmas histórias do velho lobo sem dentes

2341
27 de dezembro de 2012 
irritado por não poder jogar, brigo com quem me ama, xingo os amigos próximos e mau digo os distantes... dizem que é uma fase auto-regulante

2340
27 de dezembro de 2012 
Quarto dia de abstinência, sem dinheiro para arriscar-me diante da Lei Seca, consumo o álcool da hipocrisia no quarto escuro da consciência!

2339
27 de dezembro de 2012 
isolado na bacia da Vovó, sem telefone, sem Internet, sem meninas, jogando cartas no lagarto gordo que quer comer as sobras da ceia Natalina

2338
27 de dezembro de 2012 
Encarcerado do lado de fora de uma liquidação de Natal, um solitário lobo no meio da rodovia, berlinetas azulam prontas para matar o animal.

2337
27 de dezembro de 2012 
Rápido como dança de cobra, definitivo veneno puro, elétricos dentes nos pelos em dobras e no peito um quebra-cabeças para montar no escuro.

2336
27 de dezembro de 2012 
Meus piores tropeços foram contigo, as maiores topadas também, nem por isto deixei de caminhar teu caminho e ir ao encalço dos teus pés...

2335
26 de dezembro de 2012 
Você quer dominar minha agenda oculta, faço de conta que Você é dona e isto te intriga: sou "bom menino"... não olho tuas gostosas amigas...

2334
26 de dezembro de 2012 
O caminho da roça é conhecido e não nasce nada de tão pisado, como encontrar a criatividade com tantos pés socando a terra da minha vontade?

2333
26 de dezembro de 2012 
Um touro capado no canivete só com anestesia local, o coração urbano fica divido: revolta, nojo e a naturalidade que isto ocorre no sertão!

2332
26 de dezembro de 2012 
Garantiram: Jesus não nasceu no dia do Natal! O que comemorei afinal? Outra impossibilidade como ganhar na Mega-sena ou crer na paz mundial?

2331
26 de dezembro de 2012 
Papai Noel de novo Você não trouxe o que eu queria ser! Sei que este ano fui um bom homem, um mau menino e ainda não aprendi a envelhecer...

2330
26 de dezembro de 2012 
Ainda restam uns presentes para abrir e dizer obrigado: trarão surpresa, saudades, serão de bom gosto, na moda, ou os mesmos do ano passado?

2329
26 de dezembro de 2012 
Imagine um Natal sem presentes, só com amor, imagine-o sem Papai Noel, só a verdade, sem o Roberto, Wonder ou Gil, só Jesus como entidade...

2328
26 de dezembro de 2012 
Desisto! Esta tradição de ouvir o Roberto Carlos daqui uns anos será como Papai Noel, virará uma crença de que o Natal não existe sem isto!?

2327
26 de dezembro de 2012 
Foi-se 2012, tenho a sensação que com ele me afundo. Estou vivo? Ainda restam 5 dias! O que dá para fazer sem a perspectiva do fim do mundo?

2326
26 de dezembro de 2012 
Mais de um ano sem te ver, duas ou três mensagens de texto, castelos de areia, teus tempos fora do ar e nosso vinculo se afinando como teia!

2325
26 de dezembro de 2012 
Fim de Natal... brigas e reencontros, matar a saudade, aumentá-las, querer o melhor na pior... uma cidade vazia se despe em luz... e Jesus?

2324
23 de dezembro de 2012 
de noite na cama sonho acordado, querendo Você, a tenda se arma, sem arma me atenda, me apareça nua como brilho da Lua na tela escura da TV

2323
23 de dezembro de 2012 
o caminho estreito como um corredor fazia do entre nós uma corda bamba que entre navalhas e cacos de vidro riscavam nos ombros insensatez

2322
23 de dezembro de 2012 
o melhor da devassa brasileira é que do lado há uma picanha sendo preparada no fogo lento da churrasqueira, depois... é só rolar na esteira

2321
22 de dezembro de 2012 
Convidado para 3 festas do fim do mundo escolhi ir na mais longe, era para lá do fim do mundo acordei de ressaca...vivo como gambá moribundo

2320
19 de dezembro de 2012 
Quem sabe algum maduro novo, como um ovo petrificado e só, possa inventar… outros pecados!

2319
6 de dezembro de 2012 
Meio caminho andado, meio espaço atravessado, um beiço desengonçado que me faz beijo num lugar completamente alienado...

2318
6 de dezembro de 2012 
O velho na moldura dos olhos se torna leve quando teu sorriso me diz que a vontade é algo além de tudo que eu inocentemente digo contigo...

2317
6 de dezembro de 2012 
Meio caminho andado até Você uma Compostela de pedras e liberdades e Você Catedral de Pedras me ouve como um segredo de tuas falsas vontades

2316
6 de dezembro de 2012 
Veio breve como um desejo, escapando entre os dedos como se fosse fluida, agarrei-a pelos pés e me fiz seu solo como um espelho druida...

2315
6 de dezembro de 2012 
há um universo próprio e outro impróprio um tem gosto de maçã o outro é uma fruta desconhecida não se sabe se venenosa ou se adocica a vida

2314
6 de dezembro de 2012 
veio de longe para estar perto, veio leve com vontades secas de um deserto, veio de costa como se o caminhar para frente não fosse esperto

2313
6 de dezembro de 2012 
Aquela idéia de querer saber de tua calcinha bege furada é quase igual a ter nos olhos a lágrima que nunca será derramada...

2312
6 de dezembro de 2012 
Como um peregrino esgrimo o destino com a navalha enferrujada do tempo, cobrando intenção do meu próprio lamento...

2311
16 de novembro de 2012
o suor esvaía-se em cinqüenta tons de cinza contaminado por um sangue azul infeliz, criando uma falsa tatuagem por cima da velha cicatriz...

2310
15 de novembro de 2012
Qual a real profundidade do tempo se a vida só pode ser percebida realmente no grão de areia do presente instante?

2309
15 de novembro de 2012
O que era ao redor do Che mito ou realidade? Numa época de guerrilha, as notícias e a contra-informação construíam suas diferentes verdades.

2308
15 de novembro de 2012
molha o gosto da minha verdade com tua manhosa mentira... depois seca a minha vontade com tua deliciosa saliva de vampira...

2307
15 de novembro de 2012
Velho como paralelepípedo fingindo-se de morto no asfalto é a pedra de craque cortando o chassis da ética no haraquiri anônimo dos assaltos!

2306
15 de novembro de 2012
O sangue agonizante da cidade coagula-se entre coliformes fatais: numa cheia suja de lamas e ciladas, que congestiona pistas… marginais!

2305
15 de novembro de 2012
Fardas sujas pelo plasma derramado cheiram o azedo da Ponte dos Limões criando náuseas políticas... às ilusões.

2304
15 de novembro de 2012
Já não dá para esconder no eterno gris
a contabilidade rubra dos telejornais:
"Executados... noventa e dois policiais!

2303
9 de novembro de 2012
Nenhum motivo para sorrir, a não ser aquele sorriso falso de social pudor, que diz está tudo bem para não contagiar o outro com o mau humor.

2302
9 de novembro de 2012
enquanto a matéria prima da zona é ensacada e não gera poluição, o dinheiro do imposto vaza em polução noturna...na cueca do político ladrão

2301
9 de novembro de 2012
Quando olho através da fechadura em tua midiática nudez, vejo uma mulher cansada de uma intensa briga para se manter namorada da insensatez!

2300
9 de novembro de 2012
quando o gris se fez nos cabelos mais escondidos, resolveu que jamais seriam tingidos, não queria esconder a idade para os seus sete maridos

2299
9 de novembro de 2012
verde, de um azedo gelado, de arrepiar o nervo do siso, criando na boca uma essência de limão... que deixava o beijo preciso e travado...

2298
9 de novembro de 2012
Uma capivara foi barrada na Rodo-ferroviária, queria viajar para o Ceilão, mas seu passaporte estava retido, suspeita do esquema do mensalão.

2297
9 de novembro de 2012
do inesperado veio a luz um filho bastardo, embora de nobre descendência foi logo escondido para evitar escândalo ou qualquer maledicência

2296
9 de novembro de 2012
o baque no peito era feito um paralelepípedo solto no meio da rua rasgando o aço dos chassis em gesto rápido e profundo de haraquiri aprendiz

2295
9 de novembro de 2012
mesmo em surdina teu silêncio grita em meus ouvidos, sussurrando dores como trombetas do apocalipse anunciando que nosso amor está falido...

2294
9 de novembro de 2012
Tempo raro de diamantes, de velhas minas difíceis, com seus veios impossíveis para as ferramentas surradas dos boêmios galantes.

2293
9 de novembro de 2012
Cheiro de corte nauseante travando o tesão na raiz, dando nó cego no nariz, que avesso às cavernas usadas empina-se em pose de imperatriz...

2292
9 de novembro de 2012
reverso da medalha: no peito falso mendigo rogando pão por piedade, um barril de navalhas onde o prazer colhe abrigo no cão da infelicidade.

2291
27 de outubro de 2012
com o coração limpo e o pulmão cheio de fumaças subjetivas, acreditou em idéias sensacionais para resolver as suas complicações afetivas...

2290
27 de outubro de 2012
Na casa da procrastinação encontrou sua vontade desacordada em meio a garrafas vazias, ao lado uma panela mantinha a espera em banho Maria.

2289
27 de outubro de 2012
mesmo sem força para gritar através dos dedos sujos que lhe tampava a boca, foi capaz de chamar a atenção do silêncio para sua secreta dor

2288
27 de outubro de 2012
O prato servido frio e sem sal, a fome compensando a falta de tempero, o buraco no estômago preenchido por algo horrível que quero esquecer.

2287
27 de outubro de 2012
Na sombra de tua vontade construí um ninho de espinhos, algo desconfortável demais para ficar se aconchegando na preguiça dos teus domingos.

2286
27 de outubro de 2012
o tempo escorregando na garganta como areia numa ampulheta de se decidir compôs um nó cego que deixou complicado qualquer ato de te engolir

2285
27 de outubro de 2012
O copo quebrou na minha mão, desenhou um risco vermelho de sangue que escorrendo transformou em raiva o que era pra ser uma linda paixão.

2284
27 de outubro de 2012
A promessa nunca existiu, foi só um ato apócrifo escrito no muro sujo em frente de casa, um território marcado com mijo num espaço vazio...

2283
27 de outubro de 2012
Em meu coração há marcas de teus dedos, são desejos recolhidos sob a forma de medos, vontades cultivadas com fungos de decepções em segredo.

2282
27 de outubro de 2012
Você se sente proprietária de minha imagem e cobra um aluguel caro que me faz suar para manter suficiente a satisfação de tuas expectativas.

2281
26 de outubro de 2012
Lembro-me quando fiz tua idade: sonhos por construir, a paixão doendo em facada, um mundo cheio de guerras, tímido como o Sol da Inglaterra.

2280
26 de outubro de 2012
não sabia dizer não e assim metia em cada sinuca de bico seu coração que para se livrar dela precisava compor em muitos sins o escondido não

2279
26 de outubro de 2012
Trocou os nomes dos namorados como quem troca pulseirinhas de bebês em maternidade do governo, tinha certeza que jamais iria para o inferno.

2278
25 de outubro de 2012
Pedia amor como quem roga pão velho em frente a um portão qualquer, depois fugia arrastando as rasteirinhas num jogo "coma-me se puder"…

2277
25 de outubro de 2012
Não ser triste não igual a ser feliz, não se chega a satisfação só eliminando a dor. São outros os caminhos: tesão, paixão, amor e gratidão?

2276
25 de outubro de 2012
Haviam dores que no silêncio das noites vazias gritavam como esgotos a céu aberto, dando ao ar aquele hálito podre das tolas aspirações...

2275
25 de outubro de 2012
O antônimo do Amor não é o ódio, segundo Jung: "a sombra do Amor é o Poder". Isto pode ser simplificado: quem ama empodera o Ser amado!

2274
25 de outubro de 2012
no labirinto da consciência a semente sem casca germina incompreensível: é a liberdade latente revolucionando soterrada, quase que invisível

2273
25 de outubro de 2012
Nos corações apertados o jogo chato da omissão feito um silêncio maldito: um campo sem torcida, uma derrota por WO ante fardas do invisível!

2272
25 de outubro de 2012
Do lado de fora a ordem garantia algum progresso com maternidades em luto: sem corpos para velar. Como clamar sem saber qual era seu delito?

2271
25 de outubro de 2012
O ar rarefeito dos porões, gritos abafados por mordaças molhadas preparadas com sal grosso, um falso silêncio ante um poder cruel, absoluto!

2270
25 de outubro de 2012
Até que o bardo avatar declame algum novo verso audacioso: o ouro raro... de um poético gozo!

2269
25 de outubro de 2012
Com a intenção sem arames, quero fluir entre trovas veios no vai-e-vem de meus anseios...

2268
25 de outubro de 2012
Hora de abrir novas lavras e garimpar preciosas rimas, mesmo em curta-metragem nas dobras da auto-estima!

2267
25 de outubro de 2012
Tempo de desvestir palavras e protagonizar nu a poesia, sem qualquer maquiagem minerar a toca da fantasia!

2266
21 de outubro de 2012
Veio o novo e este parecia conhecido! Seria o olhar acostumado ou um destino estabelecido? Na dúvida ganhou a certeza do que havia perdido!

2265
20 de outubro de 2012
mestre sala decadente com os joelhos sem forças fez uma mesura imprudente ante o juízo final: um malabarismo carpado que o tornou imortal

2264
20 de outubro de 2012
a espera pelo próximo encontro demorou muito, algo como chuva no deserto de Nevada, quando veio arrastou a saudade como sujeira acumulada...

2263
20 de outubro de 2012
não havia honestidade só carência afetiva que trazia satisfação quase igual a virtude em virtude disto viveu a relação sem encarar a verdade

2262
20 de outubro de 2012
a saudade começou a ser criada com aquele olhar de criança com o nariz grudado no vidro olhando a poeira da estrada apagar a imagem dos pais

2261
20 de outubro de 2012
Palhaço de vida mais ou menos, discuto com o diabo, roubo a mulher do padre, como estrogonofe de quiabo e peço misericórdia a São Filomeno...

2260
28 de setembro de 2012
sou livre entre muros, quando respeito as tais razoáveis fronteiras, só não sei se meu quintal é seguro ou torna minha liberdade prisioneira

2259
28 de setembro de 2012
a barba longa, o chapéu indicavam que alguma sinagoga havia ao lado, vi um muro alto, que sem qualquer lamentação, demonstrava severo cuidado

2258
28 de setembro de 2012
adoro tua surdez seletiva... que só ouve as frases que lhe interessam, aquelas que na tua boca me traçam um destino náufrago a tua deriva...

2257
28 de setembro de 2012
A arma parecia de sabão, exigiram a moto e o capacete! Sair correndo ou dar um cacete? Pensou na vida e criou coragem para não ter reação!

2256
28 de setembro de 2012
com este frio... até a calcinha dela era de lã, daquelas que o tempo cria umas bolinhas, que para tirar... ocupa a noite... até de manhã...

2255
26 de setembro de 2012
meu desejo é um eterno pulsar uma estrela no universo perdido das salivas que se recolhe feito buraco negro para atrair qualquer coisa viva

2254
26 de setembro de 2012
tua tristeza tem um que de indecifrável, mesmo quando não leio mais no largo do teu sorriso o velho desejo de paz por debaixo do batom lilás

2253
26 de setembro de 2012
Estabilizado e estático, distanciado dos maus sintomas, em neutralidade gris, longe de teu Universo paralelo, desenhado com um toco de giz.

2252
26 de setembro de 2012
Um abraço selvagem de uma leoa no cio, querendo tua carne crua em noite que não tem Lua, precisa mais que coragem para encarar este desafio?

2251
26 de setembro de 2012
Como ainda estou ligado em Você, feito pichação em xis, sou uma reticências incompleta.. não posso ser, nem quero ser:
cem por cento feliz!

2250
26 de setembro de 2012
Então ta! Eu fico só... acompanhando de longe a tua dor, tele-cultivando alguma afetividade, regando com melancolia
o fruto seco deste amor.

2249
26 de setembro de 2012
Não é fácil ver teu cérebro brilhante com uma tarja preta pregado na cruz, mergulhado em química deixando de oscilar entre a sombra e a luz!

2248
26 de setembro de 2012
muda também a mim que te amo, muda meu olhar sobre Você, muda o que sinto,
muda a minhas emoções em saudades, minhas frustrações em vontades

2247
26 de setembro de 2012
Ela não tira só teu tempo de vida,
não muda só quem Você pensa que é, não altera só tuas emoções e identidade, é Lua cheia em tuas marés!

2246
26 de setembro de 2012
tua depressão escorre em mim como um visgo, um vício que me torna em ti
incapaz, cego em tua tristeza cubro meus olhos com qualquer aqui jaz

2245
12 de setembro de 2012
Vai passar: o velho medo, a roupa amassada, esta puta dor nas costas, a limpo teu rascunho e a paixão que me incomoda desde de 12 de junho!

2244
12 de setembro de 2012
para despertar teus demônios senis chupei  lavas geladas até que a boca de teu vulcão só expelisse uma fina fumaça de contentamento gris...

2243
12 de setembro de 2012
A balda era evidente, muita manha logo de manhã, uma marra sem precedentes, uma jactância ejaculando preguiças sem qualquer motivo aparente!

2242
12 de setembro de 2012
gemia meiga como gata no cio, um diálogo de suspiros num jogo entre Sharapova e Azarenka, resultado: multa do condomínio e uma bela encrenca

2241
12 de setembro de 2012
Componho letras esquizofrênicas como quem desenha gatos de Wain ouvindo Debussy em torre de Galdi: degustando o shoyo de tua presença cênica!

2240
11 de setembro de 2012
Não quero teus vinte anos de tristeza, quero a alegria de tua infância, aquele abraço aberto que cria felicidade em tudo que está por perto!

2239
11 de setembro de 2012
era só um sentimento bobo, depois virou obsessão, uma idéia fixa sem qualquer explicação, que tomou conta da mente e se tornou louca paixão

2238
11 de setembro de 2012
O caminho de tuas águas começava no pescoço, descia pelas tuas costas como chuva em inundação e morria feito gotículas no fundo do teu poço!

2237
11 de setembro de 2012
velho caminho usado, onde tudo era preciso, as flores nos canteiros, o portão azulado repintado que desbotava no verão sem qualquer aviso...

2236
11 de setembro de 2012
meu reino era de gelo, minha vitória de Pirro, um espirro de sucesso tratado por uma aspirina que deletou nos olhos qualquer cor genuína...

2235
11 de setembro de 2012
o velho barro entre os dedos sujos tinha um cheiro de usado que lembrava o cheiro dos degraus mijados da catedral que perdoava teus pecados

2234
11 de setembro de 2012
não creio mais em mim ou em Você, só acredito em nós dois, nossa capacidade de viver está no agora, não há antes e muito menos o depois...

2233
11 de setembro de 2012
Perder um amigo e ganhar uma saudade que não pode ser matada, onde o possível é só a lembrança, é como ter as tranças cortadas... na metade!

2232
11 de setembro de 2012
meio caminho andado, meio por caminhar, uma estrada sem fim, não tenho mais consciência do começo, se este tropeço é dentro ou fora de mim?

2231
11 de setembro de 2012
o vinho mordido até o azedo era um sinal de que a tua covardia não merecia respeito, depois veio a vontade de reconsiderar os meus direitos

2230
11 de setembro de 2012
havia um universo a ser descoberto, uma ilha de desejo num arquipélago de tesão, uma estrada onde o prazer era o guia cego de minha intenção

2229
8 de setembro de 2012
tua resposta veio no meu contra pé, só vi ela passar, com vontade de voltar e o corpo sem parar, foi quando eu cai… sem sequer sair do lugar

2228
8 de setembro de 2012
parecia haver um clima leve, tênue como neblina sumindo ao Sol, depois veio um calorão danado e o desejo de banho com baldes de água fria...

2227
8 de setembro de 2012
como se fosse fácil deixar tudo como está, o café quentinho na térmica, a manteiga aviação derretendo no quente do pão e um furo no coração

2226
8 de setembro de 2012
num estranho sonho um ser de luz deu-me mais um segundo de vida e eu estou a mais de um ano sem saber o que eu com ele vou realmente fazer

2225
8 de setembro de 2012
frágil como um cristal nas mãos de um bebê, Você apareceu com suas transparentes e estranhas dores, ora sorrindo a toa ora triste como um nó

2224
8 de setembro de 2012
só porque era um daqueles relacionamentos clandestinos que lhe davam tesão, não iria perder o conforto gelado de sua outra longa  relação...

2223
8 de setembro de 2012
Quem define quando tudo acabar? O que está cansado, o não acomodado, o que por outra está apaixonado, o desiludido, o menos envergonhado?

2222
8 de setembro de 2012
as dores antes do parto, o suor na hora h, a expectativa de tocar o bebê... um chorinho estridente e um corpinho cheio de sangue a se mexer

2221
8 de setembro de 2012
decidiu entregar-se como se fosse uma última noite antes da guerra, abriu lentamente a camisola nova e deixou a vida fluir uma única vez

2220
8 de setembro de 2012
e o tempo em que ela cozinha o galo fingindo nada querer, depois conta pras amigas tudo que ele tem de bom e como ele se debate na situação

2219
8 de setembro de 2012
sabe aquele toque leve de dedinhos quando se sai a primeira vez… e aquela pequena faísca acende uma fogueira que não se tem mais como apagar

2218
8 de setembro de 2012
O tempo lento na janela, a brisa do feriado entra por ela e emoldura em preguiça meu olhar: fico me distraindo com o simples do teu brincar!

2217
8 de setembro de 2012
Há um quintal em minha sala, não é digital como os Backyardigans: no chão coloridos EVAs sustentam brincadeiras simples desde as 6 da manhã!

2216
8 de setembro de 2012
depois que a tormenta transformou minha horta sem agrotóxico no meu maior fiasco, resolvi aceitar teu convite para um bom e velho churrasco

2215
8 de setembro de 2012
Minha pequena filha caminha sorrindo em minha direção, ainda não entendo o que ela diz, ela me abraça, me esmaga, me faz imensamente feliz!

2214
8 de setembro de 2012
alguns prédios gregos eram só restos de fogos, não os de Atenas, estes tempo e guerra deram conta, mas os construídos para os últimos jogos

2213
8 de setembro de 2012
no contraste entre o olhar cansado ao lado de uma cadeira vazia e o brilho nos olhos do meu amor, carreguei meu peito em mil fotografias...

2212
8 de setembro de 2012
Ao te ler em pequenos versos, tentei decifrar teu coração, encontrei minha viola perdida que de tão vadia, nas tuas entrelinhas se escondia!

2211
8 de setembro de 2012
Invisíveis debaixo das pálpebras há muitas sujeiras, algumas velhas crenças que incomodam, são bengalas brancas que conduzem nossa cegueira!

2210
8 de setembro de 2012
As asas eram de anjo. Se dizia modelo: Victoria's Secret ou Christian Dior? Impossível percebê-las com tanta sensualidade jogada ao redor...

2209
8 de setembro de 2012
ouvindo ela cantar agradecendo o silêncio por ele não mais existir é como um grito no escuro me dando estranhos motivos para no claro dormir

2208
8 de setembro de 2012
no lixo de um universo pelado, sem astros e cometas, orbitando teus asteróides mentais, flutuei sem gravidade no velho dos teus sinais...

2207
8 de setembro de 2012
chata como sonrisal dissolvendo num copo sem água, uma gata solitária no cio, uma mágoa no sal, um placebo amargo no meu estômago vazio...

2206
8 de setembro de 2012
A bola está contigo, o gol por um triz! Minha zaga cansada com cartões amarelos já não defendem os desconcertantes dribles dos teus quadris.

2205
7 de setembro de 2012
Teu carro estragado na esquina, tanta coisa para te dizer, minhas mãos prestativas sujas de óleo e Você tão cretina fingindo... nada saber!

2204
7 de setembro de 2012
o vestido vermelho era indecente: pernas imensas esticando-se na mesa de bilhar, meus olhos em sinuca não tinham alternativas além de olhar

2203
7 de setembro de 2012
Você diz que detesta engenheiros, cheios de lógica sem escolha, mas também fico possesso no meio de tantas folhas esticando teus processos!

2202
7 de setembro de 2012
Cair da moto foi só um detalhe, o corte no braço, o talhe nas mãos. Era claro o sinal: deixar o pó da estrada estacionado nas veias coração!

2201
7 de setembro de 2012
A guitarra de 65 era apenas um troféu, o antigo dando um novo prazer, como tocar o tempo com os dedos, atravessar um véu de tantos segredos!

2200
7 de setembro de 2012
Será que Você me perdoa ou não, te fiz crer que tudo em nós era perfeito, mas ficou só o sorriso de um filho...nas linhas tortas de tua mão!

2199
7 de setembro de 2012
tão frágil quanto denso o intenso do teu ágil olhar, lastro de leite, teus seios em riste, no meio do triste me deite em teus rastros sem ar

2198
7 de setembro de 2012
Agora levanta, espanta a preguiça, vista a tua roupa e desliga o jornal... eu não quero sentir… foi só mais um acidente… está na hora de ir!

2197
7 de setembro de 2012
sem medo ou pena esgote meu ar, respira o silêncio até o sono chegar, sem sonho ou ninho durma tranqüila, não há esperanças, nem vai começar

2196
7 de setembro de 2012
no fundo das águas do teu oceano, quero morrer de tesão, sem nojo, sem tarjas ou riscos de giz, me ama até sem vontade, no metro de Paris...

2195
7 de setembro de 2012
lento em canabis... acesa sem pressa... me ama à beça... em queda livre… quase feliz… quero ser aquela dor... que me leva ao teu bis...

2194
7 de setembro de 2012
há canas e canas, a minha cana é benta
pelos sete pecados do teu interior, me ama sem tempo, me ama senhora em ritmo blue por todas as horas

2193
7 de setembro de 2012
Troque a chama, me toque sem rumo ou até… beba meu chá, que também é da índia... o pó da escada é só um incenso queimado que agora é rapé...

2192
7 de setembro de 2012
… me ama feito uma Brahma, gelada em suor, me ama até que tua nua vergonha se esconda na sombra do meu falso pudor…

2191
7 de setembro de 2012
Vem cá na cama, ela é de cana da Índia
tua chama me chama, me ama sem fé
nem cabeça, sem roupa… de pé...

2190
4 de setembro de 2012
agora que o cigarro fica lá fora, há um novo espaço de azaração e quem detesta nicotina, fantasia o que acontece, com quem sumiu do salão...

2189
4 de setembro de 2012
no piano uma música lenta e quase sem fim, o drink com um guarda-chuvas colorido e uma casca de limão, um gole doce emoldurando toda solidão

2188
4 de setembro de 2012
carrego teus idiomas no meu inconsciente coletivo, só te compreendo dormindo, quando em sonho aceito que és um fantasma em meu mundo afetivo

2187
4 de setembro de 2012
Parado no ponto, tonto diante de tuas interrogações sem fim??? Em pausa deliberada... a espera que Você sossegue tuas dúvidas infundadas...

2186
4 de setembro de 2012
Mas a vida escorrega dos trilhos quando a dor cobra o salário e à revelia dita... algum obituário!

2185
4 de setembro de 2012
E se o tempo fosse ao contrário? Quando da morte de um filho comemorar-se-ia... aniversário?

2184
4 de setembro de 2012
Outras coisas são tão surreais, que parecem ser destinadas, como ter um bebê diferente de necessidade especializada.

2183
4 de setembro de 2012
Há coisas que são naturais, outras um quê atravessadas: como cérebro sem mente e alma para sempre apenada.

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