quarta-feira, 24 de março de 2010

Óbvio Distante

Miro 24 de março de 2010


Quando o óbvio da paixão se põe distante
E os egos se unem nus sem nossas máscaras
A respiração acelera em uma ginástica síncrona
Que compõe o melódico em instintos repetidos.

E se o nosso acordo de carinhos segue adiante
Nossa pele em fogo se dilui por lençóis e taras
É quando o suor brilha nas sombras, rindo à tona
Por insanos pecados no superego absolvidos.

Segue minha língua o teu ventre amante
Com movimentos lentos de paciência rara
Por onde caminhas enquanto estou na lona
Ouvido entre tuas coxas tão sutis gemidos?

Depois de molhado em teu visgo viajante
Arrasto teu corpo mole em intenção clara
Meu catre de luxo em tua vermelha zona
Arrancando tesão em teu sexto sentido.

Em ti esqueço meu predestinado errante
E em tua casa fêmea meu ladino pára
Até que tua libido seja totalmente dona
De gozos infiéis em véus desprotegidos...

Um comentário:

M.M. disse...

Não sei como cheguei até aqui mas, já no título, fui fisgada.
E quanto ao poema, sublime!
Parabéns; tens o dom, és um maestro das palavras!
Um beijo!


http://meninamisteriosa.wordpress.com/