domingo, 17 de abril de 2011

Triste, Torto e Louco

Miro 14.12.2008


O meu cantar é triste
é feito um canto na solidão
é como pranto sem perdão
e esta dor insiste
como um aperto no coração
uma moto-serra sem noção
ele é uma ferpa em riste
é um quartel em polução
amotinado de paixão
e que jamais desiste...


e se ele é triste, tem porque
jamais desiste de te querer
o triste insiste sem Você!

O meu cantar é torto
falo de um sonho abstrato
servido frio em sujo prato
que é só desconforto
carência por qualquer trato
inconsequente e ingrato
e que já nasce morto
como a traça em teu retrato
um rompimento de contrato
por não atracar meu porto...


e se ele é torto, é sem porque
como um desconforto no querer
meu porto é morto sem Você!


O meu cantar é louco
e me mantém em desatinos
transforma-me num menino
acabrunhado e mouco
deixa-me um gosto de tanino
a glote em dentes felinos
e o meu verso rouco
esconde um luto peregrino
deste canto sem destino
maluco sem os teus poucos...


e se ele é louco eu sei porque
é que sou maluco de querer
o pouco mouco de Você!


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