sexta-feira, 8 de outubro de 2010

419 a 534

534 Ser interessado ao invés de interessante? Ser ouvinte ao invés de falante? No twitter tudo isto fica eterno e efêmero como este instante...

532 No olho esquerdo um cansaço de estrada sobre negras olheiras, no direito uma paixão infinita brilhando além da maquiagem da velha roqueira!

531 Chegou mais tarde e sentiu no ar um cheiro de sexo forte. Pegou o lençol de lista azarado no chão e iniciou sua tarefa de diarista consorte!

530 Liberdade e amor correm juntos para o mesmo mar de dificuldade e horror...

529 No fundo do copo o segredo: sem medo disse para ela tudo que sentia! E não foi só ela que quiz ir além de ser apenas uma simples amiga bela!

528 Comecei o dia pedindo para ela voltar, terminei arrependido de ter aumentado minha voz em alguns tons, depois não resisti e foi muito bom...

527 O olhar dela era um spray paralisante cheio de pimentas! Avermelhou meus olhos de vontades e depois, ciumenta, partiu deixando saudades...

526 Vou fingir que não sei de ti e Você também fingirá por mim e quando nos encontrarmos o sorriso será social: sem princípios, crenças ou fins!

525 Quem inventou a punição? Que poder a culpa dá a vítima? O que é esta briga externa ou íntima sem a reconciliação, a reparação e o perdão?

524 E o Sol caminhando sozinho para o horizonte se fez vermelho para que todos soubessem que estava assim por pura indignacao!

523 Palpite: A astúcia do príncipe da Astúrias a 300 km/h na chuva, faz-me lembrar da raposa conformada, dizendo que o tempo nao é de uvas.

522 Abriu rápido o grande pote antes que a fome estragasse o dia, comeu com gosto e alegria até se ver no vidro como a última bolacha do pacote.

521 Ao pintar a unha de rosa, no mesmo tom do salto alto, tentou dar um ar de inocência perdida ante as recentes escolhas de mudança de vida.

520 O estrado no meio do corredor era motivo de todos os seus roxos noturnos, resolveu queimá-lo no jardim, durante Lei Seca do segundo turno.

519 Entre o nojo e a imaginação ela bebeu sua criatividade fotografando com o celular digital alguns desenhos erráticos do seu drink tropical.

518 As portas estavam abertas quando eu entrei em ti! Deixei-as iguais quando sai. Só que eu não era mais o mesmo com tudo que desaprendi.

517 O trator sem terra rompeu o sono como um choro de serras e tiros. Dentro da cabeça lobos vermelhos uivavam depois de morto o último vampiro.

516 Leu os cartazes do cinema com indecisão. Queria algo que lhe fizesse esquecer a recente separação, por azar escolheu Comer, Rezar e Amar!

515 Quando o pedreiro sem camisa gritou a tal frase batida: Ah! Isto é tudo que lá em casa falta! Empinou o bumbum com seu amor próprio em alta!

514 Arrasto as horas em poesia sem saber como será o final do dia. Tenho só uma certeza, que meu amor foi posto fora quando limpaste a tua mesa.

513 Quando resolveu assumir seu mistério de menina em única e exclusiva aparição, fiquei quase entre elas, ora como Maria, ora como João.

512 Hora da feijoada de gala no Bar do Craudionor, um festival da senzala, que só a gula e a fome podem juntas compor!

511 Gosto da sensação de virtual sensualidade que certos blogs me trazem, são concursos e fotos que temperam com arte minha ingênua sacanagem!

510 Trabalhar na vida ou em versos ao lado do Minicontos Perversos é mais que um privilégio, é como expiar o vestiário de um feminino colégio.

509 Tudo parecia perfeito até ela descobrir suas exigentes manias, mesmo sendo criativa e diferente, nada o contentaria...

508 Para o MCP: O cheiro do feijão queimado pelo excesso de fogo era o indício que faltava para descobrir nela os segredos do seu sodômico jogo.

507 Entre a quirera e o perverso conto, havia um ponto além da interrogação? Privilegiar o livro do amigo ou se despedir de uma inocente paixao?

506 Com os cabelos longos em mechas californianas, desceu do jipe tombado como se fosse natural e fácil se desvencilhar do seu passado de lama.

505 Minha academia de letras virou um número preso a tua cadeia de Fibonace, consultei oráculos até que algo primo de ti em mim me libertasse.

504 Consumi tuas drogas. Lucrei com teus vícios. Fiz fila atrás de teus namorados e infeliz, livrei-me de ti queimando o ócio de teus ofícios!

503 As estrelas fosforescentes coladas no teto davam uma sensação de novelo, como uma proteção dos deuses frente ao mesmo indecente pesadelo.

502 Enquanto a lasanha assa e assanha os sentidos desde o frio do congelador, que tal abrir um bom vinho e comemorar o sábado com seu amor?

501 As algas tomaram dos rios contas e cotas, consumindo o Oxigênio que era dos peixes, que em feixes fluiam de barriga em podridão de derrota!

500 Qual meu último verso? Nao sei nem do primeiro, foi para a bela professora ou a musa imaginada, um edipiniano verso ou para alguma namorada?

499 A vela acesa em nome do Antônio Santo caiu de lado botando fogo no carpete do namorado, que irritado expulsou-a de seu agnóstico canto.

498 Nacionalista por natureza: verde e amarelo suas cores! A Amazônia e o pré-sal são nossos! Mas queimava ambos como cigarros de falsos teores.

497 Sabia que ali o febril pulsava com o gentil de minha lingua. Um efeito eletrostatico criando insuportaveis choques apos o vortice orgastico.

496 As pequenas varicoses quase sumiam sob os finos fios descoloridos, dando aquelas cochas arrepiadas uma jamais vista natural sensualidade.

495 Vertia meus olhos em lágrimas, ventos traziam a água da depressão em correnteza, como rios atmosféricos desde o mar de tuas azuis tristezas.

494 Manhã de sábado, um típico frio de depois, depois do banho, depois da porta, depois da roupa... depois do depois de nós dois...

493 Entre um cinzel barroco e um pincel impressionista, colho rimas em conta-gotas, pouco a pouco, como lágrimas de qualquer esquecido artista.

492 Uma poesia artesanal, quase um acaso em arte, um descate da razao tirando do lixo mental alguma insustentavel rima natural!

491 Quando pedir um black, aquele chopp com espuma de Nitrogênio, faça um brinde aos virtuais essênios, que inspiraram o gênio do Dorsey Jack...

490 Por uma Santa Causa queimei meus versos. Por um beijo qualquer rezei mil terços. Peregrino, paguei falsas promessas até viver sem destino...

489 Está ficando caro botar pilha alcalina neste brinquedo insano de convencer que a melhor coisa do mundo é se divertir com meu amor por Você!

488 Na praia de Boa Viagem um biquini e um livro de contos perversos brincam de água viva que em versos, revela o fogo em foto única&exclusiva!

487 Livre fui buscar minhas meias para sair da prisão. Encontrei-as presas a arames farpados, enferrujados pela ausência de alguma paixão...

486 Minha amada de chuva molhada, transparente e bela! Em casa eu tomo um capuccino, enquanto um chocolate alpino derrete no fogo a espera dela!

485 Quando o trem lá fora apitou avisando que já era hora, deu no pai um beijo final, que cansado de tantas mentiras, ficou em silêncio mortal.

484 Ela entrou na sala pisando forte como soldado nazista. Todos os olhares pararam naquelas botas sustentando quase 70 cm de coxas narcisistas.

483 Enquanto o pensamento vadiava em poesia, alguém a convidou para uma dança caliente. Quando percebeu, ela estava com outro bem na sua frente!

482 Armou os braços como um ninho e a esperou bebendo um corte francês bom e barato. A noite arrastou-se em poesias até ela fugir do pensionato!

481 Jogou no ar qualquer vã possibilidade. Disse não ao convite para jantar. Sabia que um sim, transformaria para sempre aquela velha amizade!

480 Depois de parar de fumar a tal erva maldita, passou a ter espasmos de lucidez entrecortados de insigths sobre uma humanidade velha e aflita!

479 Tinha 75 anos quando disse que não mais me queria, faríamos bodas de ouro no mês seguinte. Trocou o tédio, por uma entendida amiga de vinte!

478 Diante do desejo obnóxio e vil, deixei-me levar em letras de Bukowski, criando forças para acender algum velho pavio! http://migre.me/20yEE

477 Havia música para se dançar, tacos para se comer, Lua para se enamorar, tequila para se embriagar e muito pouco tempo para enlouquecer...

476 Fiz mágica em tua absurda rotina: um canalha em tua tez feminina, depois sem ter malabares, virei um palhaço patife em tuas falsas esquinas.

475 Ela pôs a garrafa dentro da pia e dançou em cima um velho Axé, desconfiado ele fugiu correndo sem experimentar o inusitado café...

474 A terra estava com um cheiro de chuva nova que a deixou feliz, dando provas da origem interiorana daquele pequeno e arrebitado nariz!

473 Ao ler amigos reconciliados no twitter, depois de se degladiarem anonimanente no xingue.me como animais, conclui que os deuses são virtuais!

472 Descobri em tua polaridade que meu Universo é um Deus em estado de sítio, só sou estável depois que extrai das lágrimas o meu próprio Lítio!

471 A esquizofrenia veio como um vírus letal num email de final de tarde, sem alarde clicou e cruscificou na imaginação seus inimigos covardes!

470 O cara era um serial killer virtual, deletava todos os seguidores sem nenhum constrangimento, matando os que acessavam sua rede anti-social.

469 Quando a indiferença chegou ela estava beirando os trinta, sentiu o não da existência e que já era tempo de tentar no cabelo uma nova tinta!

468 Quando percebi nojo em teu olhar afastei-me como susto de sapo ante sua princesa. Só no lago, foi possível algum conforto anti-indelicadeza.

467 Sería bom se a pessoa acreditasse que meu olhar de amor é sagrado e dele fizesse a noite de sexta-feira transformar-se numa semana inteira!

466 Consultada a natureza, ouviu-se um não prá lá de assertivo: não dava mais para deixar o humano decidir pelos outros seres vivos!

465 Nada de novo na velha cidade: o mesmo político, o padre e o paralítico, até as moscas parecíam iguais, no ar, traços de coliformes verbais!

464 Os olhos ficaram vesgos e pesados depois que a agulha entrou na Eva, sem paraiso ou passado a réstia de luz do amanhã se espargiu em trevas.

463 O teu grito de alforria deixa-me tonto, cego e surdo, enquanto teu silêncio pronto quebra minhas pernas em um só golpe certeiro e absurdo!

462 Vais embora de minha morada! Como ave em arribação, deixa-me os restos mortais de um ninho sem paixão e a sensação de que te perdi por nada!

461 Com fio de guilhotina a lâmina da tua decisão caiu no pescoço, não houve tempo de chorar ou sangrar, só de jogar os sonhos no primeiro poço!

460 Mesmo que Você queira ou finja, não vou fugir para Londres, não vou ficar longe, nem perto, só um pouco mais esperto, como um monge ninja!

459 Entre as linhas de minha mão Você escreveu um não! No meu rosto, marcas de um profundo desgosto, um rio de lágrimas onde navego em solidão!

458 Veio de Goiás em busca de felicidade, o que tinha cabia numa mala emprestada, que ao descer na rodoviária da imensa cidade foi logo roubada!

457 Quando a namorada chegou com aquela saia curta e a camisa em nó, torceu para que ninguém a visse na escada, que nada, foi um griteiro só!

456 Colocou a rede na varanda e deixou o olhar no horizonte. Na sombra dos montes, o mesmo perfil masculino que assustava seus sonhos de menino!

455 A saudade ficou balançando na cortina, no sofá desbotado, a namorada da amiga dormia, nos olhos, uma lágrima menina o sono dela de dó ungia.

454 Enquanto pedaços de vida escorriam de suas veias como areia de ampulheta quebrada, viu que sua hora não tinha saída, muito menos chegada!

453 Maria de todas as Marias, Maria que não queria mais João, que deixou de ser santa e hoje encanta outras tantas com sua humana solidão...

452 Alguém supõe que sou santo, outro meu pecado espalha! Quem me acusa no que falha, se há encantos no errado que a vida em minha fronte talha?

451 Não era mais hora de pensar em mudanças ou de rever seus falsos princípios, diante do inevitável curso das dores decorrentes de seus vícios!

450 Ao ouvir o juiz apitar o fim do jogo, a viúva sentou-se diante do retrato do falecido marido e sem culpas apagou com as mãos o próprio fogo.

449 Tinha mania de arrumar encrencas quando o sono lhe batia as pálpebras caídas! Sentia-se desperto com a adrenalina de uma briga sem saída...

448. Vadia como uma cadela de rua, saiu com uma roupa quase em nua perversidade. Achou o que queria: cachorros, babas e lambidas na sua vaidade!

447 Com a palavra Iphone twittei uma poesia. Sai buscar um suco, ao voltar ela não mais existia! Será um protetor da Appel ou estou meio maluco?

446 Seus lábios sorríam por de traz da transparente borda da taça, por onde ainda escorriam lágrimas finas do Bordeaux abduzido com muita graça!

445 Da muralha de Marvão ela olhou o longe em dúvida ante sua ibérica natureza, nas costas, o vento frio alentejano lacrimejava outras certezas!

444 Louca deixou suas marcas em minhas costas com unhas, lábios e dentes. Não foi fácil explicar em casa como arrumei estragos tão contundentes.

443 Rica de predicados era um objeto desejado por todos os sujeitos em subordinada oração. Na reforma, foi suprimida em subjetiva extrema unção.

442 Quando viu o resultado de sua franciscana decisão, vestiu-se numa fagulha, saiu correndo antes da rádio-patrulha, do celular e da televisão!

441 Longe dos olhos da mulher amada, colhia dores indecifráveis, desenhando esquizofrenias nos muros da cidade com o sangue de frágeis saudades.

440 O amor chegou tão suave em sua vida que se fêz constante, um sempre! Muito diferente da paixão que lhe rasgou o peito em ritmo alucinante...

439 Sua consciência sempre o deixava no fio da navalha: arrebentar os próprios limites em apostas ou adaptar-se calado a sua caixa de respostas?

438 Quando colocou vinagre nos lábios, foi que ela percebeu que sua sede de vingança tinha a exata proporção de seu deserto de esperanças.

437 Colecionou dores com os piores namorados, acomodou-se como crente de um pastor franqueado, ao menos o dízimo não seria por um homem roubado!

436 Gostosa é a dor, quando Você inspira poemas na pele do meu coração, eles compõe tatuagens cênicas, definitivamente gravados em tua intenção!

435 Das lendas urbanas emergiu como se fosse a loira do Estação, pele branca em tom minâncora, beijou-me com lábios frios gelando minha solidão!

434 Não sería lícito abortar uma presidencial corrida, que foi pré-concebida através do estupro do homem morcego por uma múmia mal adormecida?

433 Chegou cheia de fel, tiques emolduravam aspas nos lábios finos, personalidade de Côco Chanel: disse que iría ficar até decidir seu destino.

432 Entrou pela porta da manhã feito um atentado talibã, destruiu torres e metrôs, foi só pó que vôou e meu coração insustentável... desmoronou!

431 Almoço sozinho como poodle perdido na feira, só verdura no lugar de ração, sem sua cota de carinho o que me alimenta é esta vegetal solidão!

430 Ante a violência da cidade, diante dos que nada têm ou de quem não tem nada a perder, deito os olhos entre a sagrada ira e a móbida piedade.

429 Quando me deparo com um gesto de humanidade, acabo descobrindo que há algo além que constrói a minha humana realidade.

428 Joguei com aquela paixão como quem joga na Mega-sena. Investi tudo só por puro palpite, mas acredite, foi uma amiga, que ganhou a morena!

427 Sob o chapéu xadrez, uma carreta de idéias zumbia entre fios de cabelos em gel: para ele, o mundo estaria salvo na próxima célula do Excel!

426 Na hora H não teve jeito, lembrou da amada, no peito veio um misto de culpa e desejo: sería isto direito lembrar da ingrata num outro beijo?

425 No carro um adesivo mostrava abertamente sua escolha multista, por preconceito, foi parado na blits e levou 7 pontos na carteira de morista.

424 Lápis preto nos olhos, risco sensual quase grotesco, com saliva os últimos retoques, vestiu a calça de onça e saiu em ritual carnavalesco...

423 Solidão em tempo de paz só é possível depois que um grande amor se desfaz, ou quando a paixão não deu trégua e teve o gelo como única régua.

422 Fui da paixão a ira num tranco: espalhei em teus olhos uma fazenda de cores, enquanto criavas nos meus xepas de lágrimas em preto e branco!

421 Quando mergulhei meus olhos naqueles olhos escuros, não sabia que estava diante da própria noite brincando de lágrima em meu olhar inseguro.

420 Fiquei paralisado, eu entre elas! Uma longa espera, até decifrar nos olhos molhados de Maria que a saudade dela era tão triste quanto bela!

419 Como agradecer àquela menina? Tinha lá seus segredos, alguns simples, outros sérios, vez em quando transbordava os olhos em doces mistérios.

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