Miro 18.02.2012
A manhã desprevinida
pega-me em
solidão dos deuses
sem humanosn pecados
para errar
sem direitos básicos
para enlouquecer
a razão purificada se anula
no comando
de todos os controles
a lógica se faz
cúbica e exata
como um maktub
o destino traçado
com régua e compasso
não requer nada
sem sentimentos
sem intuição
sem intenção
caminho sem pernas
vôo sem asas
nado na escuridão
cego de luz
paralelo e ausente
de qualquer
humanidade
pois hoje estou
antes de qualquer princípio
e ao mesmo tempo
além de qualquer fim
único como os não criados
dissolvido na
solidão dos deuses....
Lisboa e eu
Há 5 anos
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