domingo, 12 de janeiro de 2014

Charolês

Miro 5.11.2013

O nariz em alerta
funga imitando o touro
que da campina
cheira no ar…
fogosidade!

O pulso acerta
o sinal de agouro
detona cercas
e arames…
impura vitalidade!

A picareta certa
quer o alvo tesouro
a fêmea ardente 
que atiça… 
dura ansiedade!

A pele aperta
quando sente o couro
da mina escura
em avalanche… 
da vontade!

Gozo na oferta
sem regateio mouro
fisgado no ventre
pelo anzol
novidade!

A porta aberta
para desaguar o ouro
que escorre liso
pelas brechas… 
da liberdade!

Sob a coberta… 
cena de matadouro
dois corpos
sangram…
uma só saciedade!

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