Miro 31.01.2006
Ainda guardo em meu peito
uma antiga emoção dividida
que sabe ser quase impossível:
entrar em Você nesta vida.
Meus olhos ainda buscam
tua imagem sempre viva
como se estivesses por perto
e ainda fosse a minha Diva.
Partistes por outros filmes
encenando novos roteiros
abrindo os teus horizontes
em busca de algo inteiro.
Enquanto eu fiquei aqui
parindo janelas e ventos
embaçado em minhas rimas
crucificado no esquecimento.
Não sei quando abrirás a porta
que me levará ao teu coração
nem sei onde achar a chave
que destrancará a tua paixão.
Mas se um dia a tetra arrebenta
e escancara teus finos desejos
serei eu mais que toda vontade
cobrindo teu corpo de beijos.
Arrastarei totens antigos
queimarei teus falsos pavios
quebrarei o lacre de afetos
a porcelana que cobre teu cio.
Arrancarei as tuas cortinas
acenderei teus fogos e velas
farei de tua cama um espaço
de novas tatuagens singelas.
E assim com o peito ao relento
o infinito há de ser muito pouco
tua pele acolherá minhas rimas:
treze estrelas em um poeta louco...
Lisboa e eu
Há 5 anos
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