do meu coração
trancado
ninguém me responde.
Grito
- Ó de casa!
E ao meu intenso
chamado
só o silêncio medra
Olho através da janela…
Não há mais ninguém
nesta moradia singela
que hoje é de pedra!
A solidão me aperta
diante do cômodo
incômodo e vazio
dentro peito
e o que antes
extravasava alegria
e expelia paixão
vira angústia
e tristeza
algo que corta asas
antes do ovo nascer
e mata o amor
antes mesmo dele ser.
Um assassino medo
quebra minha lucidez
que escapa
pelos dedos
e mesmo com a mão
cerrada
apertada
num último gesto
de uma derradeira
emoção
quer te tocar
como se fosse possível
com o teu mundo brigar
Miro 4.5.2018
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