Um sinal
de um sino
sem um badalo
que se cria onde me calo
num eco estranho e intrínseco
um íntimo coro... que tanto abomino
mas não abandono e, mesmo sofrendo
não me arrependo... desta paixão sem dono.
Um Tristão sem Isolda
em imposto degredo
por onde me estresso
não tenho mais dedos
para quebrar o gesso
dos tantos quadrados
com que tu me moldas
entre o certo e errado
de tuas raivas e medos
quando viro do avesso
e a indiferença abraço.
E com ela
eu me atravesso
sem porta ou janela
num compasso
único
que cria
e de ti recria
repetitivos ecos
de um sino lacônico
que me rende e me prende
aos sem saídas dos teus becos…
em
cínicos
sins!
E com isto
eu me repito
sem decidir se desisto
deste escrito
único
que cria
e te recria
em repetitivos sinos
de ecos íntimos lacônicos
que me acendem e me vendem
aos caminhos dos teus desatinos
em
anacrônicos
fins!
Miro 4.5.2018
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