terça-feira, 6 de outubro de 2009

Crenças Cruas

Miro 27 de junho de 2007

Louca isca em meu sujo anzol,
Nenhuma frase de lugar comum,
Nenhuma sombra ou lugar ao Sol,
Ainda que seja só, o Sol é só um.


Ante a força inevitável do eclipse
Os olhos temem se cruzar no bar,
Destinos desenham suas elipses
Atravessadas órbitas do olhar...


Nagô, nego ouro em africano som.
Tarô cego, um tiro de russa roleta
Navega em clave no meu tosco tom,
Caindo em nacos pela culatra preta.


Sais temperam o azul do sangue,
Cortes, facas, lisos decotes,
Líder deposto e sem gangue,
Cicatrizes de imprecisos chicotes!

Pálido redemoinho indecente,
Cachoeira de vícios e virtudes,
Lama de tédios ainda vigentes,
Crenças cruas... eternas atitudes!

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