terça-feira, 13 de outubro de 2009

Freeway!

Miro 02.08.2007

Rasgo meus projetos, desejos e enganos.
Travo meus sonhos, vontades e planos.

Nego acreditar que ainda não te posso ter.
Nego ver a realidade insípida sem te ver.

Faço um retiro forçado como falso monge
E invento uma forma de magoá-la de longe.

Engato uma ré na freeway escura e vazia
Trafegando por novas e proibidas fantasias.

Congestiono meu nariz com lágrimas poucas
Asfixiado pela falta de ar desta paixão louca.

Viajo no tempo de um relógio acidentado
Bebendo teus olhos em olhos bem maquiados.

Destilo tua imagem em um alambique qualquer
E escolho ao acaso o tesão de outra linda mulher.

Percorro meus pés por estradas livres e libertinas,
As mãos por corpos maduros ou moças quase meninas.

Iludo em rimas e me iludo com as vantagens do momento.
Limpo do pára-brisa a frustração deste louco sentimento.

E quando cansado, sem combustível no travado motor;
Durmo em qualquer acostamento, sonhando com teu amor!

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