sexta-feira, 4 de setembro de 2009

88 44 miKroPoesias do Twitter

88 Cai cachoeira loira sobre tua blusa, caracóis de sóis soltos no colo, moldura de teu sagrado em riste: os cumes úmidos de teus seios livres.

87 De olho no teu colo, colho teus encantos, molho me de espantos e orvalho me em teu solo!

86 Quero uma gota em tua língua! Não de minha lágrima tela, nem de minha saliva canela, mas do meu leite em transe, para te saciar à mingua...

85 Fácil correr em duas rodas! Tuas duas rodas, teus desertos e pelos quentes! Easy rider em Você!

84 Mordo água viva. Cogumelo de areia na boca seca. Poeira do tempo nos poros e olhos. O vermelho sangra o nariz. Uma chaminé de solitário mar!

83 NAMU MYOHÔ RENGUE KIÔ: escrito para eu não esquecer, um dito para ser feliz? Ficou no bolso sem ler. Quem sabe o que o dito diz?

82 Uma mulher quase fatal: se apertada não acendia, úmida não cedia, era só etc. a tal, jogou tanto coma-me se for capaz que virou pó no final!

81 Na Espanha: homem morre de suicídio alheio. Nos USA: 5o. Jackson chega ao que nunca veio. No Brasil: Hino da Vanusa é o fim de nossos meios.

80 Meu amor quer se jogar da sacada! Pra ela não sou nada, sequer se lembra da rede, o nó de nós sem fim: -Se for pular... caia em cima de mim!

79 Só havia um modo de ter a verdade, apertá-la de jeito quando chegasse à cidade. Cioso se preparou. Exausto dormiu na porta: ela não voltou!

78 Tinha medo de ficar sozinha: o vento pelas frestas da janela compunha seus horrores, amplificando estalos, fantasias, fantasmas e temores.

77 Expresso minha ira em rimas, onde o talho mental tem acuidade, pois atinge o inteligente em sua burrice e compraz o ignorante por afinidade.

76 Ela queria achar alguém 100 entre tantos, um homem cheio de encantos e olhar sem entretantos, que pudesse ser jogado em cantos... entretanto

75 Claudicava naquela paixão deficiente sem nenhuma acessibilidade, apelou por cotas indigentes, pintou os cabelos e infeliz mudou de cidade...

74 O cheiro do Jean Paul combinava com o suor, dava um nó nos nerônios e enchia as ventas de hormônios, o que veio depois foi ainda bem melhor!

73 Criou ao redor de si uma aura de tristeza, lábios na lona no primeiro round, tecia em cinzas sua defesa: vivia feliz do próprio underground.

72 Ela não gostava de batom rosa, mas a pele de pelos finos incolores a fez esquecer as dores: de ventre livre aceitou a boca úmida e manhosa.

71 Molhada de suor virou-se para o outro lado da cama, nas pernas a sensação do gozo ainda quente. De onde aquela chama? Quem era aquela gente?

70 Ela mentia para si mesmo com tal convicção, que um dia quebrou o espelho, só para não encarar de frente o poder de sua falsa argumentação!

69 Com pés no fio de navalha em aço enferrujado, não respirava para não pesar o ar, ela dormia serenamente ao lado e ele sem saber como vazar!

68 O silêncio dela era de sair de perto, os olhos brilhantes um tesão de puta! Situação ambígua de escuta... um talvez desgraçado de certo!

67 Era uma mulher estranha, vestia-se de modo estranho, fumava coisas estranhas, vivia em um estranho bar e estranhamente, ela me era familiar!

66 Quando chegou ela estava pronta: banho tomado, cabelos cheirando shampoo, música suave, pura paixão! E ele todo suado, de chuteira e calção?

65 Vivia bem com seus cogumelos azuis, com eles caçava borboletas o dia inteiro, depois dava uma banda em cannabis, incinerando-se no mosteiro!

64 Há pássaros no jardim, há flores nos canteiros e estrelas na minha janela, um universo inteiro, que por não tê-la, morre dentro de mim.

63 Teu dia chega à retina em cristais fragmentados: são cacos de pureza em meio a irados palavrões um enxame monossilábico de ouriçados senões.

62 Entendo tua revolta, tua ira insana, tua vida fútil, tua santa confusão, só não quero tua volta, tua grana, teu senso útil e a tua solidão!

61 Há pássaros no jardim, há flores nos canteiros e estrelas na minha janela, um universo inteiro, que por não ter ela, morre dentro de mim.

60 Moça atrevida, em álcool cosida, tez dividida, pernas em avenida, gozo com brida, depois de amortecida, finge uma briga e foge enraivecida.

59 Enquanto viajas com excesso de ciúmes na mala, entendo bem o teu extravagante zelo, só que a bagagem sem alça é tua e eu não vou carregá-la!

58 Morto no chão do quarto aguardo tua volta, não há como tirar o frio dos pensamentos, não há escolta, sem alento eu morro sem qualquer brio!

57 No canto dos olhos, com olhos nos cantos, acho os cachos de teus belos cabelos: são aves em rebeldia ou claves de Sol em minha poesia.

56 Medíocre, normal, comum, mortal, estável, cinzento, nem feio, nem bonito, nem rico, nem pobre, centro de tudo, inicio do nada, mdc de um.

55 Cachoeira loira sob teus seios, caracóis de sóis em meus olhos, emoldurando teus cúmes, teus mamilos espertos, ritmo, cios, vórtices de nós!

54 Havia nada além do silente, uma escuridão sem estrelas, nem frio e nem quente, nada acontecia de diferente, nem feia e nem bela: só ausente!

53 Em minha mente perdida germina uma insana lida: tratar lascas de tuas sementes. Será que vazo de tua vida ou paro a nóia deste amor latente?

52 Parachoque de Caminhão: "Não hesite: em briga de cachorro grande... linguicinha não dá palpite."

51 Uma vontade imensa de estar contigo, penso no acaso de um encontro, na possibilidade de teu nó estar pronto: será que te espero ou te ligo?

50 Na ponta da língua tua fome, no ventre os teus movimentos, debaixo dos pelos teus zelos, nos dentes teu nome, no peito a paixão que invento!

49 Invado-te como vento: arrepio tuas frestas, levanto tuas saias e cortinas. Quieta não me contestas, nem quando comes minha paixão indigesta!

48 Como tectônica placa avanças sobre meu continente, sinto tua pulsação nos pés, no ar uma premonição latente e nas mãos um último ato de fé.

47 Nenhum lugar comum é mais comum que viver só com um...

46 Em lágrimas de gozo minha loucura rascunhas, enquanto flutuo em nuvens sinto estrelas que arranham minha pele através de tuas loucas unhas!

45 Havia em minha língua tua fome, tua tara em meus medos, em tua cama meu nome, na cara um sorriso, em tua casa meus dedos úmidos e indecisos!

Um comentário:

Ava disse...

Encantada com tua poesia!


Te encontrei por acaso, para não te perder, já estou te seguindo...rs


Beijos!