quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ratos & Chinchilas

Miro 26.11.2008
Parece que ainda preferes
Manter a linha discreta:
Quão secreta é esta evidência?

Quase sei por que escondes
Tua tristeza em ofícios:
Benefício raro da marra!

Eu não sei do teu sentir
Nada além daquela lágrima:
Esgrima de minhas mensagens!

Instigo meus medos em rimas
Meto micha em teu cadeado:
Laqueado de tantas trancas!

Mas como azeite de oliva
Escorres do meu garfo em riste:
E triste só tenho teus rastros!

Navego assim em fantasias
Comendo-te em devaneios:
Odeio o jejum da madrugada!

Durmo agitado e longe
Monge em catre gelado:
Abraçado a etéreo súcubo!

Sonho molhado contigo
Acordo sufocado e quente:
Carente em minha própria noz!

De manhã junto trapos e frações
Na ausência de teu sinal em rede:
Uma parede é teu dia impessoal!

Acomodo o incômodo fogo
E jogo teu jogo que não diz:
Teu juiz nada comigo...

E no ralo do raiar do dia
Limpo o nojo de insanos pratos:
Ratos morrem por tuas chinchilas!

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