Miro 27 de junho de 2007
Ainda correm dos teus olhos
lágrimas de abandono injusto
pelo deposto dono de teus sonhos
e que um dia te fez algo feliz
Ainda sofres com teu destino
amaldiçoado
Tricotando em dor a perda imposta
já não tens mais o brilho de antes
também não procuras outras luzes
e a sombra da noite lhe contém
Tocando teu tempo em diapasão
monótono
Lentamente diminuindo seu tempo
esvanecente solidão em guardanapos
enquanto o pó ainda não é concreto
ficas entre o ontem e a saudade
Cultuando a morte em teu futuro
vidrada
Sem raízes, sem âncoras e rebites
Sem fome, sem desejos e vontades
Sem risos, sem dentes e coragens
Sem saúde, sem capas e remédios
Completamente livre, solta em tua
auto prisão.
Lisboa e eu
Há 5 anos
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