sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Borboletas

Miro 27.12.2005


Sonho que borboletas passam
Voam sobre a minha cama

Pego uma com as mãos
E ao abrir vagarosamente

Vejo que são duas
Uma vermelha e branca brilhante
Em minha mão esquerda
E outra verde e dourada
Deixando marcas na outra mão
Solto-as ao vento
E elas vão
Deixando em minha pele
Uma gostosa sensação
De que delas tive o melhor
Enquanto foram minhas
Prisioneiras casuais
De minhas precisas mãos

Meus olhos já não as vêem
Mas elas estão comigo
As cores que deixaram e mim
Subiram pelas minhas veias
E há muito moram no meu coração
Vivem como em casulos
De vez em quando se soltam
E de novo borboletas
Pintam a tela inteira da imaginação
Não há nada mais leve

Mais suave que estes momentos
De intensa lembrança e emoção
Onde asas tão frágeis
Fazem de minha fantasia de menino
A flor eleita para retirar em êxtase
O meu pólen mais divino.

2 comentários:

Maria disse...

"Como eu queria, borboletinha, deixar você presa num vidrinho, e te ter só pra mim. Mas se, eu faço isso, você morre."

O jeito é viver com a intensa lembrança e emoção...

Beijos!

Isabel disse...

Cuando os olhos ja nao as veem, tal vez os sonhos sejan capaces de retener por un pouco mas aquela lembranza feliz