Miro 7.9.2005
Não vou negar
nem dizer que sim
esta dúvida me pertence
com toda certeza
só quero estar seguro
que o risco é inevitável
que o improvável acontece
nos mais simples encontros
que se complicam depois
que os fantasmas esmorecem
Não quero negar
o que meus olhos não veêm
ou o que sente o coração
nos presságios incertos
na incontrolável intuição
que bate na nuca
abalando a fé do momento
um corticóide na vida
que espalha no sangue
um batalhão de inseguranças
Também não vou ficar
parado na velocidade
que aperta a respiração
na asmática atmosfera
de uma opção infantil
bebendo água de poço
na encruzilhada deserta
enquanto a inerte bússola
aponta para o vazio infinito
no instante decisivo da escolha
Lisboa e eu
Há 5 anos
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