Miro 28.01.2003
Volto ao jardim enevoado
De minha infância distante
Para colher um espinho
Impertinente e constante.
Ele dilacera meu peito
Em inestancável ferida
Não protege mais minhas flores
E só existe por que lhe dou vida.
Não sei como encontrá-lo
Só sei que incomoda
Com indefinível sensação
De um sabor surrado, fora de moda.
Quero dele me livrar
Mas é difícil desapegar
Do que um dia me protegeu
De arma que me foi tão útil.
Com asas alguém me conduz
No labirinto de tantas lembranças
Delas um sofrimento arranca:
Desconcertante humilhação!
-Não quero me sentir pequeno
Sozinho e sem proteção!
-Não quero mais a vergonha
De não ser a perfeição!
-Redecido meu ego livre
Sem scripts inevitáveis!
Fortalecido em minhas escolhas
Triunfador de meus próprios males.
Processo sozinho meu lamento
A última lágrima pela mágoa antiga.
Depois me recomponho atento
No colo de pessoas amigas.
Volto ao jardim enevoado
De minha infância distante
Para colher um espinho
Impertinente e constante.
Ele dilacera meu peito
Em inestancável ferida
Não protege mais minhas flores
E só existe por que lhe dou vida.
Não sei como encontrá-lo
Só sei que incomoda
Com indefinível sensação
De um sabor surrado, fora de moda.
Quero dele me livrar
Mas é difícil desapegar
Do que um dia me protegeu
De arma que me foi tão útil.
Com asas alguém me conduz
No labirinto de tantas lembranças
Delas um sofrimento arranca:
Desconcertante humilhação!
-Não quero me sentir pequeno
Sozinho e sem proteção!
-Não quero mais a vergonha
De não ser a perfeição!
-Redecido meu ego livre
Sem scripts inevitáveis!
Fortalecido em minhas escolhas
Triunfador de meus próprios males.
Processo sozinho meu lamento
A última lágrima pela mágoa antiga.
Depois me recomponho atento
No colo de pessoas amigas.
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